Capítulo 47 - Um Acordo de Maldade

64 5 2
                                    

Oliver ergue as sobrancelhas e abre um sorriso largo. - Sim?. Sim!. Ah, que bom. - Ele gargalha, puxa o meu braço e se joga de costas no chão, me fazendo cair em cima dele.

Começamos a gargalha em sincronia enquanto nos mantemos na mesma posição.

Sinto o seu peito subindo e descendo conforme a sua respiração acontece. Ficamos em silêncio, apenas nos olhando de forma calma e, ao mesmo tempo, intensa.

Benjamin - Eu te adoro tanto, sabia? Você foi a melhor coisa que aconteceu comigo aqui!. - Brinco com o seu cabelo.

Ele levanta a cabeça e beija os meus lábios de uma maneira mais demorada.

Oliver - Eu te adoro muito mais, você deixou a minha vida muito com muito mais sentido. - Sua voz sai calma. - Eu não sabia que precisava de algo até você aparecer. Você é tudo que eu quero, Benjamin!.

Deito ao seu lado e entrelaço nossos dedos enquanto encaramos o céu estrelado. Beijo a sua bochecha e aprecio o seu cheiro natural.

Eu estou sentindo tantas coisas boas e o Oliver é responsável por todas elas. Depois de tantos anos, eu estou começando a experimentar essa coisa que as pessoas chamam de amor. Uma coisa que eu achei era para todo mundo, menos para mim.

Oliver - Agora eu só preciso de coragem para contar ao seu pai, eu espero que ele encare isso numa boa. - Diz, receoso.

Solto o ar pela boca, um pouco apreensivo. - Será que podemos contar em um outro momento?. Estão acontecendo tantas coisas e eu não quero correr o risco de ter alguma preocupação para estragar isso.

Ele me encara e assente com um ar tranquilo. - Sem problemas.

Sorrio, mais aliviado. - Se bem que... Ele viu a gente se beijando no casamento.

Oliver arregala os olhos, assustado. - Ah, não. - Ele cobre o rosto com a outra mão.

Acho graça da sua reação. - O que foi?.

Oliver - Ah, sei lá... Espero que ele não tenha ficado zangado ou...

Benjamin - Fica tranquilo, ele sabe que eu gosto de você e não implicou. Está tudo bem!. - Sorrio para tranquilizá-lo.

Sua respiração se acalma e o sorrio volta ao seu rosto. - Que bom!. - Ele volta a beijar de forma lenta e demorada.

***

Oliver me trouxe para casa antes das dez, como meu pai pediu. Nos despedimos e eu entro. Encontro o meu pai na cozinha, trajando um pijama escuro e segurando um copo de água.

Richard - Ah, oi, então... - Ele abre um sorriso curto. - Como foi?.

Franzo o cenho, estranhando sua expressão. - Foi bom. Como sabe, nós fizemos um piquenique aqui perto.

Ele assente e bebe a água depressa. - Bom!. Perto de onde?. - Ele deixa o copo na pia, sem tirar os olhos de mim.

Cruzo os braços, reprovando sua atitude. - Pai...

Richard - O quê?. - Ele recua com a cabeça e coloca a mão sobre o seu peito. - É errado um pai querer saber para onde o filho foi?.

O fito de cima a baixo, incrédulo da sua encenação. - Sei... parece nervoso!.

Richard - Nervoso?. - Ele abre um sorriso torto e dá de ombros. - Não estou nervoso, estou ótimo!.

Apenas Uma Aposta - Livro I [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora