Apenas Uma Aposta - Livro I [Concluída]

Capítulo 42 - Outra Perspectiva

Encaro o meu pai, chateado pleo Ethan. - Pai, será que pode falar com o Ethan?.

Ele franze o cenho ao me encarar. - O quê?.

Benjamin - Viu como ele ficou chateado? Se fosse comigo, eu também ficaria!. Para nós, pode ter sido só um acidente, mas acho que ele não vai encarar desse jeito. - Lamento. - O senhor é a melhor pessoa para tranquilizá-lo. Aquele homem ficou bem nervoso pelo terno e piorou a situação.

Richard - O Iam? Ele é nervoso por natureza, não fiquei surpreso!. - Diz com um ar despreocupado. - Depois eu me acerto com ele. - Ele acaricia o meu cabelo. - Vou falar com o Ethan, sim!. - Ele se afasta em direção à saída do jardim.

Úrsula se aproxima de mim com um olhar desanimado. - Coitado do Ethan. Eu o conheço há um bom tempo, mas nunca o vi tão nervoso como a pouco.

Benjamin - Também me sinto mal por ele, mas meu pai vai acalmá-lo, ele viu que foi um acidente e não haveria motivos para não sermos compreensíveis. - Ressalto.

Úrsula - Que bom!. - Diz, olhando na direção em que o meu pai seguiu. Seu olhar volta a mim. - Benjamin, foi muito legal da sua parte ter me convidado e ter colocado a Scarlett no lugar dela com as palavras. - Ela solta uma curta risada.

Acompanho a sua risada. - Não agradeça, sabemos que ela mereceu!.

Úrsula - Mereceu, sim!. - Ela suspira. - Eu te considero meu amigo e sinto que devo te alertar sobre... sobre o Oliver.

A fito na mesma hora e noto uma curta hesitação em seu olhar. - Como assim?. - Franzo o cenho, confuso. - O que você teria para me alertar sobre ele?. - Questiono.

Ela morde o lábio inferior e desvia o olhar. - Como eu posso falar isso... - Ela solta o ar pela boca e volta a mim. - Olha... O Oliver e a Nadine sempre tiveram o costume idiota de pregar peças nos novatos.

Benjamin - A Nadine me fez cair no meu primeiro dia de aula e na frente de todo o refeitório. Foi uma peça e tanto!. - Digo, descontente ao lembrar do dia.

Úrsula - Durante um tempo, eu achei que ela tinha solução, agora já não sei mais... - Ela dá de ombros com um ar de desgosto. - Eles sempre fazem isso e não foi difícil perceber que ele se aproximou bastante e bem rápido de você. Não acha isso nem um pouco estranho? Eu acharia!. - Ela franze o cenho, sondando-me.

Suas palavras me causam um leve receio.

A aproximação do Oliver me causou um estranhamento no começo, mas isso logo passou porque ele fez eu me sentir pertencente a alguma coisa!. Ele não pode estar me pregando uma peça. Ele se mostra tão sincero comigo e diz que está gostando de mim... isso é real!.

Benjamin - Não acho que ele esteja me pregando uma peça desde o dia em que me conheceu. Para quê ele faria isso? Perder tanto tempo assim por causa de uma brincadeira idiota? Acho que não!. - Afirmo, incrédulo.

Úrsula - Eu não coloco a minha mão no fogo por eles!. - Afirma, convicta. - Benjamin... - Ela segura o meu braço e foca em meus olhos com uma expressão séria. - Eles podem parecer legais, mas eu estou nesse colégio há muito mais tempo que você e acredite... - Ela bufa. - Eu nunca vi alguma coisa boa sair daquele meio!. Nós temos que ser mais espertos que eles, ou nos tornamos uma vítima!. - Ela solta o meu braço. - Eu não quero te encher de paranoia, só... sabe... fica de olho!. - Termina com um tom de alerta.

Sou tomado por um pequeno receio.

Ao mesmo tempo em que é difícil aceitar que ela está falando do Oliver, me questiono sobre tudo o que aconteceu desde o dia em que eu o conheci... Nos aproximamos bem rápido, mas depois de um tempo, tudo começou a fluir de uma maneira tão natural. Sinceramente... não sei mais o que pensar.