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Mikey ficava alisando meus cabelos enquanto assistíamos a televisão, ele não me olhava, eu estava com a cabeça no colo dele, e as vezes olhava pra cima pra ver qual era sua expressão, eu sentia ele em paz, parecia que toda a tensão do mundo tinha ficado lá fora. 

- Por que você me chama de Manjiro mesmo? - ele me olhou de cima pra baixo e era a visão mais linda que eu tinha dele até o momento. 

- Não gosto de te chamar igual todo mundo chama - ele abriu aquele enorme sorriso e passou a mão nos meus cabelo.

- Hum.- ele voltou a atenção a televisão - Manjiro ficaria bom em um gemido. - Ele abriu um sorriso malicioso desta vez, mas sem me olhar. 

- Está mostrando as asinhas fofo? - disse com ironia e ele riu. 

- Eu gosto do seu jeito - ele me olhou nos olhos. 

- Não vem com essa - me levantei do colo dele e o olhei nos olhos - Eu não posso gostar de você. 

- Por que ? - Na cara dele dava pra ver que ele ficou um pouco desapontado - Porque nos conhecemos agora? A gente pode ir mais devagar se quiser.

- Não - eu me levantei do sofá - eu não posso gostar de você, me desculpa. 

- Você é covarde - ele se levantou do sofá me encarando - tão covarde de criar laços com alguém com medo que essa pessoa morra. 

- C-como você sabe disso? - ele torceu a cabeça pro lado e deu os ombros. 

- Uma vez eu te disse que erámos iguais não foi - balancei minha cabeça concordando - Eu tive muito medo de me apegar a alguém, depois que meus pais morreram, depois de alguns anos eu conheci os meninos e montamos a Toman, pela primeira vez, eu me senti amado por alguém, mesmo que eles fossem apenas meus amigos, mesmo assim, eu nunca e dei o luxo de gostar de alguém, com medo de que matassem essa pessoa. 

- Mataram meus pais quando eu tinha 6 anos, eles dizem ser um acidente de moto mais eu sempre soube que mandaram matar - Mikey segurou uma de minhas bochechas e a alisou - Meu pai era capitão de uma divisão que eu não me lembro direito o nome, mas pelo que eu sei essa gang nem existe mais, eu não quero acabar igual minha mãe, muito menos viúva - ele deu um pequeno riso. 

- S\N, você tem certeza que sabe quem eu sou? - ele falou em um tom zombando - nunca aconteceria nada comigo, eu sou o mais forte entre todos eles. 

- Isso não me conforta - ele me abraçou.

- Tudo bem você não estar apaixonada por mim - ele fazia carinho na minha cabeça dentro do abraço - Por enquanto. 

- O que você quis dizer com isso? - o olhei confusa e ele me olhou sorrindo. 

- Você vai ser minha mocinha. -  um arrepio passou por todo o meu corpo, eu segurei  seu rosto o olhando fixamente, nossas respirações já estavam bem próximas, nossos narizes se encontraram e ele sacudiu um pouco sua cabeça, fazendo que seu nariz se esfregasse no meu, eu dei um pequeno sorriso - Viu, já está apaixonada. 

- Você para - bati em seu peito e ele se afastou um pouco - Desculpa, eu sou um pouco bruta demais. 

- Você não é bruta, você é forte. - o celular dele começou a tocar no seu bolso, ele pegou e atendeu rapidamente - Alô? - deu uma pausa e sua expressão mudou completamente, para uma cara de preocupado enquanto ouvia as palavras do outro lado - Quem fez isso? - ele começou a procurar alguma coisa dentro da minha casa e eu fiquei o seguindo - Eu já estou indo e vamos tirar isso a limpo. - Ele pegou seu casaco e o vestiu - Deram uma facada no Draken - suas mãos tremiam, ele parecia muito nervoso. 

O Capitão de Tokyo +18 | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora