Confinada

Capítulo 46 - Sensações cont...

Miguel

Apos o café da manha Bella se juntou as meninas e foram aproveitar as maravilhas que o lugar tinha a oferecer. Realmente o tempo estava ótimo para curtir uma piscina, mas assim como o resto dos homens resolvi não me juntar a elas, deixar que tenham seu momento sozinhas, sem nenhum de nós atrapalhando.

Confesso que foi uma boa desculpa para me manter afastado, minha mente estava a mil com todos os acontecimentos dessa manha. Saber que Bella reagia a mim da mesma forma que eu a ela, que seu corpo tem a mesma necessidade, a mesma reação do meu ao seu quando estamos juntos, quando nos tocamos, nos beijamos...   era surreal e assustador ao mesmo tempo.

Deus! Eu estava enlouquecendo. 

Como puder deixar as coisas avançarem assim tão rápido? Ainda mais no meio do atual cenário. Tantos coisas acontecendo, o perigo se aproximando mais a cada momento...Não era hora para isso. Ela não estava pronta para dar esse passo adiante, ainda é cedo demais e alem disso ela ainda esta tão machucada. Merda! O que eu faço? — Passo as mãos pelo rosto, estressado, irritado, cansado, confuso e tantas outras coisas ao mesmo tempo. 

— Você parece um urso enjaulado meu amigo. Quer conversar?  — Caio me pergunta encostado na porta que da acesso a varanda na parte de trás da casa.

— Eu... — digo parando de andar e olhando para ele — Merda! Acho que nem se eu quisesse eu saberia o que dizer ou como dizer. — passo a mão nervosamente pelo rosto.

— Tente pelo menos, aposto que vai te ajudar nessa aflição toda. Abrir um buraco nesse lindo deque não vai trazer nenhum beneficio ou ajuda.

— Eu sei.

— Ei! — Caio se teletransporta para minha frente, segurando meus ombros, me impedindo de continuar meu vai e vem nervoso. — Só respira fundo  e diga a primeira coisa que vier na sua mente.

—  Bela! Sempre ela. — Fecho meus olhos respirando fundo o ar fresco do lado de fora da casa. — Hoje, bem... as coisas meio que saíram um pouco de controle. Eu juro que não forcei nada com ela, esse interesse inesperado dela por... jesus! Eu não consigo achar palavras para dizer, que não me façam parecer um idiota.

— Você diz, interesse inesperado dela por sexo? — ele pergunta confuso.

— Sim. Você sabe o quão machucada Bela ficou depois daquele incêndio não sabe?

— Tenho uma vaga noção pelo que Erik me contou.

— Aquele dia, quando finalmente a encontramos, eu te juro, ela estava tão machucada, tão ferida que eu me segurei para não desabar bem ali em frente a ela e por tudo que tinha em meu estômago para fora. Foi assustador ver o quanto ela lutou, apanhou e mesmo assim não desistiu. — Caio balança a cabeça em compreensão e eu continuo — No decorrer dos dias no hospital pude ver mais os danos daquele dia nos machucados em seus braços, pernas e pescoço e de alguma forma imaginei que era só isso, que não havia como estar pior que aquilo. Porra! Como eu pude ser tão idiota? Eu sabia das costelas quebradas, imaginei que talvez ela estivesse com hematomas ali também, devido ao impacto, mas não imaginei quão ruim poderiam ser os danos pelo resto do seu corpo. Inferno! Hoje, quando vi ela de costas, de toalha... eu pude ver alguns hematomas que mal começaram a clarear, pensa cara, para eles estarem assim ainda... 

— Eles deveriam ser bem feios.

— Fodidamente sim. E... eu precisava fazer algo, eu me aproximei antes mesmo que tivesse noção do que estava fazendo e beijei cada maldito machucado que pude ver em suas costas, ombros, pescoço... — fecho meus olhos, deixando minha cabeça tombar — Sei que pode parecer idiota, mas...