Capitulo 10 | Quando tudo vem abaixo

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Fechando o mais forte possivel as mãos em punho, tento controlar o tremor que me toma.

_ Nos conhecemos? De onde? Tenho certeza que me lembraria de você. – tento soar sedutoramente mas é inutil pois eu mesma noto a incerteza, medo e insegurança em cada palavra dita.

_ Você entendeu errado querida, não nos conhecemos. Eu conheço você – enfatiza, aumentando seu aperto em meus braços. Tento me libertar mas seu aperto é firme sobre mim.

_Não acredito que finalmente estou conhecendo a joia preciosa que meu amigo tanto escondia de nos. O bastado adorava se vangloriar de sua menina, não parava de falar o qual bonita e atraente você se tornava mais a cada dia, como sua beleza ultrapassou léguas a de sua mãe e como isso o assombrava e o excitava ao mesmo tempo. Ah garota! Ele tinha tantos planos para você, mas como o bom amigo que sou terei a honra de continuar o que ele não pode nem começar - diz apertando minhas bochechas fortemente  enquanto mergulhava seu rosto em meu pescoço, me causando repulsa e náusea.

Luto contra seu aperto mais é impossível me livrar, aqueles olhos mortos de qualquer sentimento pareciam me paralisar, drenar a força em mim. Eu precisava ser forte, mas como, quando cada palavra é um rasgo a mais no que sobrou da minha pobre alma. 

_ imagino como deveria ser difícil para ele ter uma copia mais sedutora e jovem da mulher que amava. Como deveria ser uma tentação todos os dias ver ali um produto melhor e imaculado bem ao seu alcance e não poder desfrutar de tal prazer. – O homem diz com um sorriso maligno nos lábios, os olhos fulminando cada pedacinho do meu corpo, me fazendo tremer. Sabia que esse era um plano idiota, mas eu precisava tentar, eu... engulo seco o nó em minha garganta, me recusando a deixar uma lagrima se quer cair.

_ Você esta errado, aquele homem... o meu pai, ele... ele era um monstro mas nunca faria isso... – o homem me interrompe dando uma risada estrondosa.

_ Vejo que é tão ingênua e burra quanto sua mãe. – estala a língua em reprovação. – Você não sabe os planos que seu pai tinha pra você coisa linda. Prometo que serei muito mais carinhoso e amável que ele. – diz se jogando sobre mim.

Desesperada levanto a perna engessada no exato momento que seu corpo avança sobre o meu acertando-o bem na virilha. Se contorcendo de dor ele se joga para trás no sofá, aproveito a brecha e tento o mais rápido possível sair do seu alcance. Porem em um movimento rápido e totalmente inesperado ele me derruba com tudo no chão prendendo meu tornozelo. Tento me arrastar para longe mas seu aperto é firme, uma garra de ferro sobre mim.

_ Você não tem como escapar querida, quando soubemos da morte de seus pais corremos para ver quem herdaria a doce e atraente Ariela. Não podíamos deixar algo tão precioso perdido por ai, e agora você é minha. – rosna tentando me puxar em direção ao seu corpo.

_ Vai sonhando! – grito me contorcendo, tentando chutar seu rosto com a outra perna mas falhando miseravelmente.

Em um rápido puxão ele me tem novamente  em seu aperto, com seu corpo prensado ao meu, aproxima seu rosto  cada vez mais do meu, tentando me beijar. Viro meu rosto varias e varias vezes fugindo de seu alcance, me debatendo. 

_ Ah garotinha! Você não imagina o quanto eu gosto dessa brincadeira, quanto mais você negar mais eu vou querer, você não sabe o quanto isso me excita. E o que eu quero eu tenho! – diz se aproximando novamente – Mas cansei desses joguinhos por agora, chega de pirraça e obedeça seu homem. 

_ Nunca! – grito cuspindo em sua cara, tentando a todo custo me soltar daquele ser, me livrar de sua sujeira, sua maldade.

Soltando um bufo frustrado e uma serie de xingamentos uma de suas mãos agarra meu pescoço começando a me asfixiar. Surpresa, paro de me contorcer me foçando em retirar suas enormes garras de mim, com a guarda baixa e ficando sem forças ele aproveita o momento e cola sua boca na minha. 

ConfinadaOnde histórias criam vida. Descubra agora