Acompanhante de Aluguel (GaaLee)

Capítulo 9 - IX - submisso

Na manhã seguinte, Lee acordou por volta das 8 da manhã, depois de uma noite cansativa de insônia. Mas, por mais cansativa que tivesse sido sua noite, ainda sentia seu corpo cheio de energia. A forma como Gaara havia mexido com seus hormônios no dia anterior, o deixou louco. Tomou um banho gelado para acordar a mente e acalmar o calor de seu corpo. Vestiu-se com um moletom e tênis de corrida, e desceu as escadas para a sala.

— Bom dia... — disse a senhora Chiyo.

— Ah, oi senhora Chiyo... bom dia! — respondeu indo em direção a porta da frente.

— Aonde vai, querido? — ela perguntou.

— Vou sair pra correr. Gastar um pouco de energia... — ele respondeu enquanto se alongava.

— Espere um pouco, eu vou chamar o Baki...

— Não precisa, eu não vou longe... — ele disse com um sorriso.

— Lee, por favor, não saia dessa casa sem o Baki — a senhora pediu com um olhar sério, que fez Rock Lee parar imediatamente.

Lee entendeu o pedido da senhora Chiyo. Gaara o alertou que enquanto estivesse com ele, não poderia sair sozinho, e isso estava estipulado também em seu contrato, mas pelo olhar da velha senhora, ele imaginou que algo ruim fosse acontecer a si se descumprisse aquela regra.

— Bem então... acho melhor eu mandar uma mensagem pro Baki — disse com um sorriso amarelo enquanto escrevia no celular.

Não demorou nem 5 minutos, e Baki chegou no apartamento.

— Oi, Lee — o homem alto e careca o cumprimentou com um sorriso — Onde quer ir?

— Eu... eu só queria correr um pouco... — respondeu cabisbaixo.

— É claro, vamos lá... — Baki disse com um sorriso, tentando animá-lo — Você quer ir na academia do prédio ou prefere ir a outro lugar?

— Ah eu... prefiro ir a um local aberto — Lee dizia constrangido com a situação. Era desagradável ter sua liberdade restringida daquela forma.

Eles foram até um parque próximo. Baki se sentou num banco e ficou lendo um jornal enquanto Lee dava voltas pelo parque. Mas sem afastar muito, conforme Baki havia pedido. Quando estava satisfeito da corrida se sentou ao lado de Baki.

— E então, onde quer ir agora? — o careca perguntou.

— Estou faminto. Podemos ir tomar café?

— É claro Lee! — respondeu com um sorriso cordial — Estou aqui para levá-lo onde quiser.

Lee indicou a Baki uma cafeteria perto de sua casa, onde gostava de ir. Lee pegou uma mesa enquanto Baki foi pegar dois cafés e algo para comerem. Quando se sentou, Baki entregou o café para Lee e começaram a conversar. Conversavam banalidades sobre esportes e times de futebol. Baki era um sujeito legal, agradável de conversar, mas enquanto eles riam, Baki se espreguiçou na cadeira, e sem querer deixou mostrar a arma que carregava na cintura. Lee fez um olhar preocupado e Baki notou, rapidamente ajeitando o terno e escondendo novamente o revólver sob as roupas.

— Me desculpe por isso... — Baki disse sem graça — Não era pra você ver isso.

— Por que anda com isso? É pra que eu não fuja?

— O quê?! — Baki disse com uma risada — Não. Claro que não! Isso não é pra você. É para sua proteção!

— Não sei se quero esse tipo de proteção.

— Não é uma opção sua, Lee. Entenda, pro Gaara, você é uma pessoa especial. E eu estou aqui para protegê-lo. Mas, não precisa pensar em mim como um guarda costas. Pode pensar em mim como um amigo com quem pode contar — Baki disse com um sorriso gentil.

— Obrigado... — Lee respondeu com um sorriso envergonhado.

Logo voltaram às suas conversas banais sobre esportes, e quando terminaram, Baki o levou de volta ao apartamento. Ao entrar, deu de cara com a senhora Chiyo, que instruia uma empregada enquanto a mesma aspirava a casa.

— Oi Lee, você demorou — ela disse.

— Senhora Chiyo... Por que não posso sair sozinho?

— Eu não sei querido... — Ela disse com um sorriso cansado — Mas, Gaara deve ter seus motivos. Ele é uma pessoa boa. Seja bom para ele, e tenho certeza de que ele será bom com você.

Lee suspirou. Não tinha o que discutir. Foi para o seu quarto, descansou o dia inteiro, fez algumas tarefas da faculdade. A senhora Chiyo levou comida e ele almoçou e jantou em seu quarto. A noite, se preparou, se vestiu e foi esperar por Gaara na sala. O ruivo chegou em casa às 21h em ponto e mais uma vez, encontrou Lee à sua espera no sofá.

— Oi — Gaara o cumprimentou.

— Oi... — Lee respondeu com um sorriso.

— Como foi sua corrida? — o ruivo perguntou sentando ao seu lado no sofá.

— O Baki contou que eu saí?!

— É o trabalho dele.

— Gaara... Por que não posso sair sozinho? — perguntou cabisbaixo

— Estava no nosso contrato...

— Eu sei que estava no contrato — Lee o interrompeu — Mas... eu queria entender o por quê?

— Lee... — Gaara passou a mão por seu rosto, com um carinho delicado — Lembra do que aconteceu ontem?! Você abriu mão do controle, e teve uma experiência incrível, não teve?! — perguntou com um sorriso meigo.

— Tive... — Lee respondeu com um sorriso ruborizado.

— Então Lee... é só isso que eu quero. Quero que abra mão do controle. Se entregue completamente a mim, e eu só vou te fazer bem! — disse olhando profundamente em seus olhos enquanto acariciava seu rosto.

— Tá bom... — confirmou mesmo contrariado — Mas por que ele tem que andar armado?

— Pra te proteger... Você é muito importante pra mim! — Gaara sussurrou olhando profundamente em seus olhos.

Lee sentia o coração disparado. Gaara mexia consigo de uma forma que ninguém nunca havia mexido. Seu tom de voz, seu olhar... tudo isso fazia Lee sentir-se uma presa perante ele. E o que Lee mais queria, era ser devorado, mas ainda tinha medo.

— Eu não sei Gaara... parece tão abusivo... — disse encolhendo os ombros

— Eu entendo. Sabe, algumas pessoas têm um conceito errado sobre a Dominação. Acham que o submisso deve dar prazer ao Dominador e apenas isso, quando na verdade é contrário. O trabalho do Dominador é dar prazer ao seu submisso, cuidar dele e fazê-lo feliz. Eu só estou cuidando de você. E o meu maior prazer é dar prazer a você! — disse olhando em seus olhos — Mas pra isso, preciso que você abra mão do controle. Tem que confiar em mim, e confiar que as escolhas que eu faço são pro seu bem! Se entregue a mim, e deixe eu comandar você... — sussurrou com os olhos verdes fixos nos seus.

— E o que eu tenho que fazer? — Lee perguntou encolhendo os ombros.

— Só tem que fazer tudo o que eu mandar... — sussurrou, se inclinou até ele e segurou seu rosto com ambas as mãos, tocando seus lábios com um beijo calmo.

Lee suspirou com o toque dos lábios. Era a primeira vez que o ruivo o estava beijando, e seu beijo era delicioso. Lee sentia seu coração disparar enquanto se entregava aquele beijo. A boca de Gaara era macia e seu beijo era delicado. Como um homem daqueles lhe faria qualquer mal? Lee pensava. Iria se entregar completamente a ele.

Gaara interrompeu o beijo e olhou nos olhos de Lee.

— Vamos para o quarto vermelho, e vou te mostrar o que quero fazer com você — disse com um sorriso malicioso e Lee sorriu de volta.