Lee ficou algum tempo chorando no colo de sua mãe, e explicou para ela os motivos que o levaram a ser acompanhante. O como era difícil manter dois empregos e a faculdade, e Hana sentiu muito remorso, mas Lee também admitiu para a mãe que, se tivesse se esforçado mais, teria conseguido levar uma vida "decente" e que no fundo, gostava de ser acompanhante, e que sua mãe não devia culpar-se por nada. Lee escolheu aquela vida! Só não esperava que fosse se envolver tanto com um de seus clientes. Quando conseguiu acalmar as lágrimas e quando se entenderam, Lee voltou-se para ela.— Posso passar alguns dias aqui?
— É claro! Pode ficar o quanto quiser. Essa é a sua casa.
— É só até eu arrumar um emprego de verdade — Lee disse cansado — Eu juro que não vou voltar a ser acompanhante. Vou arranjar um bom emprego e te encher de orgulho!
— Você já me enche de orgulho, meu anjinho. Eu vou adorar que você fique aqui comigo... — ela disse lhe beijando a testa — Podia até ficar pra sempre! Ia me fazer tão feliz... — ela dizia com um biquinho manhoso.
— Não exagera dona Hana! — Lee riu, fazendo a mãe rir também — Vou lavar a louça do almoço — ele disse se levantando.
Lee parecia mais calmo, mas Hana ainda notava que o filho estava triste. Com certeza estava magoado por dentro. Ela não comentou mais sobre o tal namorado, nem fez perguntas sobre a vida como acompanhante, pois via que Lee não se sentia à vontade falando sobre isso. Então, Hana agiu normalmente, aproveitando ao máximo a companhia do filho, como não tinha há muito tempo. Hana adorava mimar seu bebê. Fez todas as comidinhas que o filho gostava, depois passou a tarde inteira com ele, deitados juntos no sofá da sala maratonando filmes, igualzinho como faziam quando Lee era adolescente. Lee sempre foi o bebê da mãe, e adorava ter a companhia dela. Ao menos, naqueles momentos em que estava com Hana, não sentia seu coração tão arrasado pelo ocorrido com Gaara.
A semana passou e finalmente era o ano novo. Lee passou uma semana tranquila e feliz com a mãe, mas Hana ainda via que ele sofria. Por mais que Lee estivesse sempre sorrindo com ela, ela sempre notava que de repente seu olhar ficava distante e vazio. Às vezes, ela passava pela porta de seu quarto e o ouvia chorando. Mas se Lee não queria se abrir com a mãe, não havia nada que ela pudesse fazer. Só lhe restava dar apoio e companhia. Quando chegou na manhã do dia 31 de dezembro, eles tomavam café juntos quando Hana começou a falar.
— Filho... não era hoje que ia ser sua festa de formatura?
— Como sabe?! — Lee perguntou.
— O Neji me ligou há uns dois meses me convidando pra ir — ela disse com um sorriso — ele disse que o pessoal da faculdade ia fazer a formatura com uma festa na praia na noite de ano novo, e ele queria que eu fosse, pra fazer uma surpresa pra você.
— Você ainda conversa com o Neji?!
— É claro! Ele me liga sempre que pode pra saber como eu estou. Eu gosto muito daquele garoto. Sempre gostei dele. Eu... — Hana deu uma pequena risada — sempre achei que vocês dois fossem namorar algum dia.
Lee olhou com espanto para a mãe.
— Por que achava isso?
— Ah sei lá... vocês sempre foram tão grudados. E ele sempre olhou pra você daquele jeito...
— De que jeito? — Lee perguntou.
— Você sabe... com aquele brilho no olhar... Ele estava sempre com aqueles olhões azuis brilhando quando estava com você. E às vezes, você dizia umas coisas e eu via como ele ficava com o rosto vermelho de vergonha... — Hana disse rindo da lembrança.
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Acompanhante de Aluguel (GaaLee)
FanfictionNeji Hyuuga, um jovem de família rica que está apaixonado pelo melhor amigo (Rock Lee), não sabe mais o que fazer para tirá-lo da vida de garoto de programa. Sua última tentativa é apresentá-lo a um antigo conhecido, o empresário Sabaku No Gaara, qu...