Capítulo 4 - IV - Fotógrafo paisagista

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Neji voltou para casa depois da festa e ao entrar, deu de cara com Lee deitado no sofá, comendo pipoca e assistindo um filme.

— Como foi a festa? — Lee perguntou.

— Longa... — Neji respondeu com um suspiro cansado. Arrancou os sapatos e se deitou por cima de Lee no sofá, estendendo a mão para o balde de pipoca.

— O que está fazendo? — Lee perguntou cara a cara com o amigo, que estava deitado sob seu corpo.

— Roubando a sua pipoca... — Neji disse enchendo a boca de pipoca e fazendo Lee rir.

— Você não acabou de voltar de uma festa?!

— Você sabe como são essas festas de rico... nunca tem comida! — Neji disse com um bico emburrado.

— Ai ai... quer que eu prepare um sanduíche pra você? Eu comprei aquele patê que você gosta...

— Quero! — respondeu com um sorriso.

Lee começou a se levantar, e Neji saiu de cima dele. Rock Lee foi até a cozinha, preparando o sanduíche do amigo.

— Lee, porque não foi trabalhar hoje?

— Ah, sei lá... eu tava com preguiça. Mas semana que vem vou ter que fazer o dobro de trabalhos para compensar a grana dessa semana.

Neji ouviu aquelas palavras com um peso no coração. Quando Lee voltou para a sala com o sanduíche e um copo de suco em mãos, Neji já estava com os cabelos soltos e sem o cinto, sem smoking e com a camisa para fora da calça mais confortável. Lee entregou o suco e o sanduíche na mão dele e Neji agradeceu. Lee se sentou e deu play no filme.

— Lee...

— Hm... — respondeu sem tirar os olhos da tv.

— Você já praticou sadomasoquismo?!

Lee no mesmo instante deu pausa no filme e olhou para o amigo.

— Mas que tipo de pergunta é essa?!

— Sabe, com seus clientes... Você já praticou?

— Bem, nada muito aprofundado. Sabe, só coleiras e algemas... Era mais uma coisa de fetiche do que de sadomasoquismo em si.

— Mas, você faria?! — Neji perguntou sério.

— Eu não entendo muito sobre isso, mas pagando bem, por que não?! — deu de ombros.

Neji suspirou e estendeu o cartão a Lee.

— Esse cara está procurando um submisso. Eu não entendo muito dessas coisas, mas sei que ele é rico, excêntrico e reservado.

— O quanto "rico" ele é? — Lee perguntou franzindo o cenho.

— Ele é dono de uma empresa de sistemas de segurança. É multinacional e faz a minha família parecer pobre perto da família dele.

— Uau... acho que isso é bem rico! — Lee disse com os olhos arregalados.

— Pois é. Eu não sei quanto ele paga, mas deve ser bem. Deve dar pra você fazer um bom pé de meia e parar de vez com essa vida. Só tem que ligar pra secretária dele e marcar uma entrevista para a vaga de "fotógrafo paisagista".

— Fotógrafo paisagista?! — Lee perguntou confuso.

— É né, Lee... não pode ligar pra uma multinacional e dizer que veio para a vaga de gigolô! — Neji disse revirando os olhos.

Sem que ele esperasse, Lee passou os braços por ele e o apertou contra si, num abraço de lado.

— Obrigado Neji... Eu vou ligar amanhã de manhã.

— Tá, tá... não precisa me agradecer por isso. Só vê se negocia um salário bom pra parar de ser garoto de programa — Neji disse emburrado.

— É acompanhante de aluguel, eu já disse mil vezes...

— Que seja! Dá logo play nesse filme!

Lee riu, deu play no filme e ficaram ali assistindo juntos, como sempre ficavam.


Acompanhante de Aluguel (GaaLee)Onde histórias criam vida. Descubra agora