Capítulo 4

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Hanare

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Hanare

  Tarde da noite. Os ponteiros do relógio moviam-se de forma cada vez mais lenta e viciante. O Tique-taque deprimente, cansativo e um pouco tenebroso do relógio era o único som escutado naquela cozinha, a melodia que os ponteiros tocavam parecia invadir minha mente e me julgarem por minhas ações parecia uma tortura psicológica, na qual o objeto havia me aprisionado. A sensação sufocante do lugar gélido fazia minha pele se arrepiar e a sensação de desgaste piorava tudo, me sentia presa sem índice de escapatória. Minha mente travava uma batalha interna pensando em qual seria o próximo passo, o que fazer? Tinha dúvidas em minha mente e junto delas vários receios, tinha muita coisa para colocar em ordem e, mesmo, obrigando minha mente à pensar em algo nenhuma ideia me vinha na cabeça.

Kakashi.

  De novo esse nome soava em minha mente, só de relembrar do acontecimento de hoje mais cedo sentia minha pele se arrepiar calorosamente, as bochechas esquentarem e a respiração se tornar ofegante, densa, pesada e quente, meus batimentos cardíacos se tornavam mais acelerados e uma áurea romântica se apossava do meu corpo e mente, trazendo mais uma vez deliciosas lembranças... Ah, havia sido tão bom. A sensação dos seus doces lábios saborosos sobre os meus de forma necessitada e bruta, juntamente dos toques carentes em meu corpo durante aquele beijo me causaram ondas elétricas gostosas por todo meu corpo, depois de tanto tempo podia sentir as dançantes e saltitantes borboletas na barriga que há muito tempo não embrulhavam meu estômago. Estava parecendo uma adolescente abobalhada e sonhadora que havia acabado de dar o primeiro beijo, meu coração estava acelerado, os lábios crispados e possuía os olhos apaixonados e distantes. Era impossível não pensar nos lábios com gosto de menta, finos mas firmes e obsessivos, carinhosos mas necessitados, as mãos fortes e firmes acariciando minha nuca e me prendendo sob o corpo másculo... O que eu faço com você Kakashi?

  Respirei fundo e soltei todo o ar preso, suspirando, coloquei os cotovelos sobre a mesa e juntei as mãos ao redor do nariz como se estivesse orando e massageei ali. Fechei os olhos por alguns segundos tentando pensar no que fazer. Longos minutos — que pareceram uma eternidade — se passaram e a cada segundo sentia mais ainda a sensação de culpa se apossando do meu corpo, um gosto amargo com sabor ácido subia pela minha garganta, sentia o esôfago contrair em desgosto e o paladar desaprovar a sensação, minha cabeça pesava, e sentia que os órgãos internos de minha cabeça pesavam toneladas, e a cada movimento que faziam pesavam ainda mais. Suspirei pesadamente e coloquei as mãos na mesa entrelaçando-as, lentamente abri as pálpebras sentindo os olhos recuperaram a nitidez da visão, e quando ocorreu olhei para um ponto invisível no armário há minha frente.

— A mocinha não deveria estar na cama? — Indaguei autoritária.

  Senti uma movimentação inesperada no mesmo cômodo, a presença de mais alguém naquele local me fez ficar atenta, entretanto, sabia bem de quem se tratava. Takashi era bastante curiosa e um pouco bisbilhoteira às vezes mas ela precisava muito mais do que se esconder atrás da geladeira para que eu não sinta sua presença.

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