Capítulo 19

100 6 93
                                    

  Como deveria ser o primeiro dia de aula? Empolgante ou assustador? Para a maioria das crianças esse deveria ser um dia maravilhoso, empolgante onde a barriga doía ao pensar nas inúmeras possibilidades

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Como deveria ser o primeiro dia de aula? Empolgante ou assustador? Para a maioria das crianças esse deveria ser um dia maravilhoso, empolgante onde a barriga doía ao pensar nas inúmeras possibilidades. Para outras — a minoria — era um dia comum, que às vezes o julgavam de horroroso, já que teriam que enfrentar mais deveres de casa, veriam colegas e professores que não gostavam e também não poderiam dormir mais tarde para assistir à aquele filme que passa às 22:00 da noite.

  Mas Takashi era diferente da maioria das crianças. Ela não gostava muito do primeiro dia, ao mesmo tempo que gostava, quando não queria gostar, ao mesmo tempo queria gostar, quando não gostava muito. Talvez falando assim fosse um pouco complicado, mas a garota queria gostar desse dia, se enturmar com as outras crianças, e fazer amizade com qualquer outro que esbarrase no corredor.

Mas por que ela tinha que ser diferente?

  Takashi imaginava que poderia fazer amizade como qualquer outra criança se não chamasse tanto atenção. Tudo isso por causa do seu cabelo, pelo seu gosto diferenciado em usar máscara ou até mesmo da sua inteligência. Mas são exatamente esses detalhes que a desagradam. Ela está aprendendo a gostar do seu cabelo, se sentia segura usando máscara e estava lidando com sua inteligência. Então por que ninguém via que ela queria um amigo? E não mais pessoas que a julgassem? Takashi só queria uma pessoa que pudesse desfrutar da infância, sem preconceitos, sem perguntas idiotas, sem ódio... Era tão difícil fazer amigos, se não, por que todos conseguiam exceto ela?

  Mesmo que Takashi não soubesse a resposta, ela preferia ficar sozinha do que ter amigos ruins, e sabia muito bem que males esses tipos de amigos poderiam causar.

  Claro que todas essas dúvidas são completamente normais para uma criança que ainda estava descobrindo o mundo, mas que já havia passado por muitas experiências diferenciadas para alguém de tão pouca idade. Mas mesmo assim, essa não era sua dúvida mais preocupante.

  Takashi sempre fora fascinada por sobrenomes, estaria mentindo se dissesse que nunca pesquisou significados, histórias e, ou origem de diversos deles. Quando as pessoas diziam seus nomes por completo a garota não aguentava a curiosidade, e assim que pudesse pesquisava sobre.

  Sobrenomes podiam falar muito sobre uma família, sua história, suas conquistas... Para ela não importava se era famoso ou grandioso, curto ou longo, engraçado ou complicado. Todos eram especiais. Mas ultimamente a questão que rodeava sua cabeça era exatamente essa, Takashi sabia que Kakashi estava providenciando tudo para que ela tivesse seu sobrenome, claro que com seu consentimento, na noite anterior quando eles jantavam o assunto fluiu novamente, Takashi acabou soltando uma confirmação para a resposta, mas um sim meio duvidoso ainda. Kakashi não a estava pressionando, mas ela estava com dúvida pois, como seria depois de todos os procedimentos? A Takashi Mikhailova passaria a ser a Takashi Mikhailova Hatake, e que mudanças isso causaria? As pessoas iriam lhe respeitar mais por causa de um nome a mais? Se fosse sim, o respeito só viria pelo nome Hatake ou por Takashi ser um ser humano como qualquer outro que merecia respeito mútuo?

My Dear Detective Onde histórias criam vida. Descubra agora