capítulo 8

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Kakashi

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Kakashi

— Como é?

  Shizune estava espantada. Estava pronta para me encurralar de perguntas sem respostas, suas perguntas se resumiram em: " o quê? Como? Onde, como e porquê?" Minhas dúvidas também eram baseadas nisso, queria saber o porquê dela ter sido baleada, o porque dela ter o sido o alvo, e como isso estava ligado ao seu sumiço de nove anos.

— Como… Como assim Kakashi? A Hanare está desaparecida desde ontem? — Falava perdida.

  Suspirei pesadamente. Por quê quando eu tinha qualquer motivo que precisava lidar com cautela e revela-lo com o tempo sempre parecia que tal assunto escorria pelos dedos? Eu não tinha mais neurônios para explicar toda a situação cabulosa e enigmática para Shizune, estava emocionalmente cansado e precisava de um tempo sozinho, mas o universo não parecia ter esses planos.

— Eu vou tentar ser breve. Um mês atrás eu me encontrei com Hanare, mas depois disso ela desapareceu do mapa assim como fez naquela época. Hoje eu me encontrei com a garota, que se chama Takashi e descobri que a Hanare foi sequestrada ao mesmo tempo em que havia sido baleada, e também, que Takashi é filha biológica de Hanare.

  A moça arregalou os olhos, estava pálida e o choque era visível em sua pele arrepiada. Certamente ela não esperava por essa, sei o que ela está sentindo porque estou lidando com isso até agora. De tudo o que aconteceu, ter descoberto que Hanare foi gravemente ferida e levada, que eu e ela tínhamos uma filha, e que a mulher que eu amo neste exato momento poderia estar morta ou precisando de mim em qualquer lugar do mundo e eu não estava lá, me corroía, me sentia incapacitado. Até agora eu não pude fazer nada, o que eu estava fazendo neste momento? Verificar arquivos para investiga-la quando eu sei que não há nada nestes arquivos, eu mesmo os fiz há nove anos e nunca receberam uma única atualização.

  Bom, somente agora eu poderia adicionar nas entrelinhas: Hanare possuí uma filha cujo o pai sou eu.

  É irônico, sarcástico até. Parecia que tudo se voltava para nos separar, Hanare foi embora, não há um mísero rastro seu e agora uma criança que tem total probabilidade de ser minha filha aparece no cenário. Mesmo odiando esta ideia tinha que cogitar que Hanare estava morta e que ela poderia nunca mais voltar.

— Baleada. Isso aconteceu na frente dela? — Se referiu a Takashi. Assenti. — Céus! Ela pode estar morta… Como você está?

— Já tive dias melhores. Mas vou ficar bem, e agora eu realmente preciso ir. — Respirei cansado. —  Você poderia ficar de olho na Takashi para mim?

— Claro.

  Shizune sorriu triste e amargamente. Seria doloroso para ela lidar com isso, mas ela superaria. Me retirei da sala onde estava e fui onde precisava. Dei uma última olhada em Takashi que parecia estar observando o movimento da rua, com isso subi as escadas dando acesso ao lugar onde deixava uma cópia dos meus relatórios.

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