capítulo 34

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  Na noite daquele mesmo dia, na residência dos Uchihas, Fuyuki contava cada segundo que se passava no relógio, desejando que os segundos passassem mais devagar, ou então que passassem logo para que tudo acabasse

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  Na noite daquele mesmo dia, na residência dos Uchihas, Fuyuki contava cada segundo que se passava no relógio, desejando que os segundos passassem mais devagar, ou então que passassem logo para que tudo acabasse.

  Ele estava sentado na sala, da mesma maneira que ele sempre faz quando está a espera de um sermão. E ele realmente estava esperando por um, assim que seu pai chegasse, afinal sua mãe garantiu que ele teria uma conversa séria com seu pai e que Fuyuki não escaparia dessa conversa.

  O garoto sabe como seu pai é, e claramente, Obito não é o tipo de pai que repreende o filho sem ao menos escutá-lo. Claro que falando assim, isso soava muito mais ético. A questão é que Fuyuki sabe que Obito o escutaria, mas que certamente não deixaria batido qualquer informação sobre o que aconteceu.

  Fuyuki manteve a cabeça baixa quando escutou a porta de entrada se fechar, e em momento algum olhou para seu pai quando ele atravessou a sala. Ele se contentou quando Obito chegou em outro cômodo e conversou com Rin. Ele prestava atenção nos sussuros de seu pai e na voz leve de sua mãe. Mas o garoto estava naquele momento em que nem toda a audição do mundo seria capaz de entender o que seus pais diziam. A única coisa que ele tinha certeza é que se tratava do que ocorreu na escola.

  Fuyuki se perguntou se ele estava errado em ter socado um menino, que na opinião dele, o garoto mereceu, afinal, ele havia sido muito mal-educado e havia ofendido Takashi sem nenhum motivo, ou melhor, por simplesmente terem se esbarrado. Ele também não sabia explicar o que levou a socar o menino, quando ele viu, o menino estava com o nariz sangrando, e Fuyuki estava com a mão vermelha.

  Por que para ele, não era justo Takashi ter que ouvir aquelas coisas e o menino arrogante sair impune. E pensar nas coisas que haviam acontecido naquela manhã o deixava enraivecido.

  Fuyuki levantou os olhos quando a imagem de seu pai apareceu diante seus olhos. Ele não tinha uma expressão de raiva, mas também não estava feliz. Obito estava sério.

Muito sério.

— Por que você socou o menino?

  Se tinha uma coisa que não era da característica de Obito ao ter conversas sérias com os filhos, é fazer aquela introdução clichê “sua mãe disse o que você fez”, ou então “o que aconteceu?”, Não, Obito sempre foi direto nessas situações. E Fuyuki sabe disso.

— Eu... — Fuyuki tentou responder. Mas as íris de seu pai pareciam intensas demais para se encarar, o que o fazia recuar diante a imagem onipotente.

— Fuyuki?

  Outra coisa, você nunca conseguiria fugir de Obito quando ele te faz uma pergunta em um tom intenso de seriedade como agora. Porque ele nunca repete a pergunta, ele vai continuar insistindo para que você responda a pergunta que ele fez.

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