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Helena Scott.

-...você tá pronta pra contar o que aconteceu?- o Felipe perguntou pra mim.

- Eu acho que sim.- eu disse e suspirei.

- Se você não quiser contar, tudo bem.- o Felipe disse.

- Sabe a Maria Clara? Então, ela só tinha 17 anos quando me teve só que ela nunca quis cuidar de mim, então meu pai me criou com todo o amor dele e trabalhou pra me dar o melhor enquanto a Maria Clara viajava. E quando eu tinha 7 anos ela tinha voltado de uma dessas viagens dela e já estava alguns dias lá em casa, mas teve um dia específico em que ela brigou com o meu pai. Eles brigaram por minha causa, meu pai falava pra ela que ela era a minha mãe e que ela tinha que cuidar de mim, mas ela falava que ainda não tava pronta. Meu pai pegou a chave do carro e saiu de casa com muita raiva. Só que ele sofreu um acidente e morreu.

- Eu sinto muito.- disse olhando pra baixo.

- Tudo bem. Depois disso eu precisava muito dela, só que ela me botou em um colégio interno e veio pra cá.- eu disse e ele me abraçou.

- Eu tive uma ideia.- ele disse depois de sairmos do braço.

- Fala.- eu sorri.

- Então, eu ia te convidar pra fazer um passeio em Hollywood.- ele disse e eu fiz uma cara surpresa.

- Isso é muito longe.

- São só 20 minutos daqui até lá.

- Tá bom que eu vou ficar trancada dentro de um carro por 20 minutos com você.- eu disse cruzando os braços.

[...]

- Eu ainda não acredito que fiquei trancada em um carro por 20 minutos com você.- eu disse saindo do carro.

- Nem foi tão difícil assim.- o Felipe disse fechando a porta do carro.

- Não, imagina. Eu só fiquei escutando as piadas de um menino insuportável.

- E você riu.- ele disse com aquele sorriso de lado e eu ri.

- Tá bom, o que vamos fazer aqui?

- Dá pra fazer várias coisas em Hollywood. Visitar lojas e pontos turísticos, comer, transar...- eu revirei os olhos sorrindo.- É brincadeira, não me bate por favor. Mas também não deixa de ser uma opção.- sorriu.

- Tá bom, então o que nós vamos fazer em primeiro lugar?

- Comprar comida e andar pela cidade.

Nós fomos pra uma lojinha e compramos café e bolinhos pra comer enquanto andávamos pelas ruas.

- Nossa, olha aquele menino ali.- eu apontei pra um garoto.

- Ele parece aqueles riquinhos nojentos. Ala o gel no cabelo, parece que vomitaram nele.- o Felipe brincou e eu ri.

- Ele tem cara de que fala assim: mamãe, meu Playstation 999 de última geração parece que é de pobre.- o Felipe riu.

- A menina que tá com ele deve sentir nojo até do próprio reflexo.- ele disse olhando pra garota que tinha uma cara de nojo.

- Eu não acredito que essa maconheira tá achando ruim estar em Hollywood.- eu disse desacreditada.

- Olha a calçada da fama.- ele apontou e eu quase tive um treco.

Tipo, é a calçada da fama.

Não é qualquer calçada da vida.

- A gente tá em cima da estrela do Michael Jackson, você tem noção?- eu me empolguei e ele riu.

- É incrível.- ele também se empolgou e eu olhei pra ele sorrindo.

- Por que você faz isso parecer único sendo que você mora aqui há anos?

- Porque estar com você é um momento único.- ele disse e deu um sorriso.

Menino que a minha pressão baixou pra -2.

Tá negativa.

- Olha, Sandra Bullock.- mudei de assunto e ele deu uma risadinha.

Continuamos passando pela calçada e quando eu vi o nome da Scarlett Johansson tive um colapso.

- Misericórdia, eu não posso nem pensar em pisar nisso aqui.- eu disse tentando desviar do nome da Scarlett e o Felipe riu.

Terminamos de andar pela calçada e eu tava quase morrendo por conta do meu sedentarismo.

- Vou precisar de 1 ano sem sair da cama.- eu disse e ele riu.

- Vem.- ele me puxou pra uma loja que vendia acessórios.

Eu peguei um chapéu rosa de cowboy e coloquei na cabeça dele.

Ele riu e botou um óculos estranho em mim.

- Quer levar isso?- o Felipe perguntou.

- Quero, é como uma lembrança desse dia que está sendo muito bom.- eu disse e ele sorriu.

Ele pagou o óculos, o chapéu e a gente saiu da loja pra comprar sorvete.

- Eu tava pensando, por que tomar sorvete é sexualizado?- eu perguntei pro Felipe.

- Porque as pessoas tem problemas mentais e não sabem lidar com qualquer coisa normal que uma mulher faz.

- Verdade.- nós continuamos andando pela cidade tomando sorvete.- Se você tivesse a chance de ir pra qualquer lugar que você queira, pra onde você iria e quem você levaria?

- Eu iria pras Ilhas Maldivas e levaria a Nala e quem sabe você.- ele disse e eu sorri.

- Por que você me levaria?

- Porque eu gosto das suas piadas e você me faz rir na maioria das vezes.

[...]

- Eu só quero comprar algumas coisas pra Nala senão ela me mata, mas depois eu te levo pra casa, tá?- ele perguntou.

- De boa, também preciso comprar coisas pra Lauren e pra minha mãe.- eu disse e ele assentiu entrando na loja.

- Pirulito, bala, bombom, biscoitos salgados e Coca Cola. Se a essa menina não ficar feliz com isso, eu jogo tudo no cabelo dela.- ele disse e eu ri.

- A Isis gosta de biscoito salgado e bombom e a Lauren gosta de pirulito, bala e biscoito salgado. Acho que tá bom.

- Quanto tá moça?- o Felipe perguntou pra atendente.

- Tá 20 dólares.- ela respondeu e ela pegou o cartão.- Só pode dinheiro, moço.

- Eu não tenho notas hoje, passa o cartão por favor.

- Não pode, moço.

- Então por que que você não botou a plaquinha de "só dinheiro" lá fora? Que inferno viu.- o Felipe disse e eu fiquei segurando o riso.

- Paga logo, moço.

- Eu te disse que eu não tenho.

- Mas que merda, hein? Porra caralho. Josiane, pelo amor de Deus. Deixa ele pagar com o cartão.- uma moça disse saindo de uma porta e a outra revirou os olhos.

No final ele pagou com o cartão e a gente levou as comidas pro carro.

continua...

Desculpa o sumiço, tava cheia de tarefa pra fazer e não consegui postar capítulo pra vocês.

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