Helena Scott.
- Acorda, Helena. Você tá atrasada!- essa frase sendo repetidamente dita por alguém me fez acordar.
- Hm, que foi?- eu perguntei me espreguiçando.
A Nala estava sentada em uma cadeira e o Felipe me sacudindo.
- Meu Deus, você tá muito atrasada.- o Felipe disse assustado e eu arregalei os olhos me levantando da cama em um pulo.
Eu levantei tão rápido que fiquei um pouco tonta e me desequilibrei.
- Ei, calma.- ele me segurou.- Você tá atrasada.
- Socorro, eu tô atrasada.- peguei meu tênis do chão.- Eu esqueci, pra onde eu vou mesmo?- eu perguntei com medo de ser algo muito importante.
Eles tentaram segurar a risada, mas acabaram rindo do mesmo jeito.
Ferrou, eu tô atrasada e esses dois tão rindo igual dois malucos.
Eu sou uma palhaça por acaso?
Eu sou comediante agora?
"A comediante que fazia os outros rirem sem nem falar porra nenhuma".
A Nala acabou caindo no chão de tanto rir e eu encarei a menina se debatendo no chão.
- Você não tá atrasada pra nada, a gente só queria te acordar.- eu olhei pra ele ainda tentando raciocinar o que tinha acontecido.
- Mano.- a Nala tentou se levantar e falar alguma coisa, mas começou a rir de novo.
- Desculpa.- ele me puxou e me deu um abraço.- Eu prometo que a partir de hoje eu só vou te acordar com beijos.- sussurrou na minha orelha e eu deixei escapar um sorrisinho bobo.
- Não desculpo, vai se fuder.- saí de perto dele, que estava sorrindo e fui abraçar a Nala.- Tudo bem?
- Tudo e você?
- Também tô bem.- ela sorriu pra mim e eu retribuí.
- Caralho...- escutei o Felipe sussurrar e olhei pra ele.- São 11:59.
- E daí?
- E daí que a sua mãe vai virar hétero só pra comer o meu cu.- ele deu um tapa na testa dele e eu ri.- Vamos?
- Vamos.- me virei pra Nala e dei mais um abraço.- Tchau.
- Tchau.- ela sorriu.
Eu saí do quarto junto com ele e nós fomos pro carro.
- Você acha que a sua mãe vai brigar muito comigo?- o Felipe perguntou e começou a roer a unha dele.
- Eu não sei, mas eu acho que ela não vai ficar muito brava.- eu disse e bati na mão dele.- Daqui a pouco fica sem dedo e não sabe o porquê.- ele deu uma risada nasal.
Nariz: Ha ha ha.
Desculpa por isso, mas eu precisava fazer.
Eu não consigo passar por uma situação qualquer sem fazer uma piada mental.
Tô tentando trabalhar esse meu lado, porém tá difícil.
E eu não sei como mudar isso.
- Como faz pra eu me matar sem morrer?- eu perguntei inesperadamente e o Felipe riu.
- Coloca o martelo do Thor no elevador e vê no que dá.
- Eu acho que não adiantaria.- eu disse e ele ficou confuso.
- Por que?
- O elevador não é digno!- eu disse alto e nós rimos.
- Por que você me perguntou aquilo?
- Eu também não sei, mas as pessoas cometem erros.- eu ri do que eu disse.
- Eu sei, por isso existe borracha.- eu ri tão alto que acho que Marte poderia escutar.
- E como faz com pessoas inteligentes?- eu perguntei e depois percebi que não teve nada haver.
- Que? Como assim?- eu ri e ele parou o carro no canto da rua.
- Eu também não sei.- falei.- Eu gosto de pessoas inteligentes.- falei olhando pra ele.
- Obrigado.- sorriu.
- Eu tava falando do Peter Parker.
- Ah tá.
- Não pode ficar triste, lembre do que fez comigo de manhã.- ele riu.
- Foi justo, foi justo pô.- ele disse e eu concordei.
O Felipe me encarou e de repente mordeu a ponta do meu nariz.
- Por que caralhos grandes e imensos você fez isso?- eu perguntei segurando o meu nariz que estava doendo.
- É que você é muito fofa e dá vontade de morder.- eu olhei indignada pra ele.
- Você tem titica de galinha na cabeça, porra?
- Se quiser pode morder o meu.- por algum motivo eu entendi errado.
- Eu não vou morder o teu pinto agora, você nem deve ter tomado banho.- eu disse ainda segurando o meu nariz e ele começou a se contorcer de tanto rir.
- Eu disse...- ele tentou recuperar o fôlego e limpou algumas lágrimas que tinham escorrido.- Eu disse que você poderia morder o meu nariz como troco, não o meu pau.- ele deu uma risada no final da frase.
- Meu Deus.- eu tapei a minha boca e ri.
- Morde logo antes que eu desista.
- Tá.
- Lembrando, não é o meu pau, é o meu nariz.- ele riu e eu dei um tapa na mão dele sorrindo.
- Calma.- eu segurei seu maxilar e me aproximei pronta pra morder o seu nariz.
O Felipe me beijou e me puxou, me fazendo sentar no seu colo.
Ele passou as suas mãos por todo o meu corpo e depois apertou a minha cintura.
Eu finalizei o beijo com uma mordida leve no lábio inferior dele.
- Em retribuição.- provoquei e ele deu um sorrisinho olhando pra minha boca, logo voltando a me beijar.
- Tá bom.- me sentei no meu banco e ele ficou confuso.- Casa.
- Ok.- ele riu.
continua...
Daqui a pouco acontece a merda rsrs.
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Você é o Único
RomanceHelena Scott passa anos em um colégio interno, quando sua mãe resolve tirá-la dele. Ao chegar na Califórnia seu mundo vira ainda mais de cabeça pra baixo, quando ela conhece Felipe Parker. Um garoto estranhamente arrogante e bonito. Nem todos os cli...