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Helena Scott.

08:53.

Acordei, infelizmente.

Ai, Helena, por que você acorda de mau humor?

Porque eu acordei.

A Lauren não está aqui e a cama dela está arrumada.

Ela deve estar ou lá na cozinha ou fazendo caminhada.

Eu admiro a desposição que ela tem pra fazer exercício logo de manhã.

Calcei meus chinelos e fui até o banheiro pra escovar os dentes.

Tava pensando aqui, eu queria muito começar a pintar quadros e vender na praia.

Mas o problema é que eu não tenho paciência pra fazer isso, meu negócio é mais arte abstrata.

Eu tento fazer uma coisa linda e sai uma bosta, daí vira arte abstrata.

Quando eu era criança eu tentei pintar uma nave, mas ficou parecendo um pau.

Um pau torto e estranho, mas um pau.

Voltei para o quarto e fiz um rabo de cavalo no cabelo.

Não vou trocar de roupa agora não, não vai ter ninguém além da Isis, Clara, Lauren, Mariah e Colin aqui mesmo.

Desci as escadas e fui até a cozinha, escutei pessoas conversando e deduzi que eram as meninas conversando.

Fui direto pra geladeira pegar suco de maçã e coloquei no copo.

- Eae, família? Qual é a boa de hoje?- eu me apoiei na pia e virei para a bancada.

Eu vi o Felipe e arregalei os olhos cuspindo metade do suco pra fora.

- Lena? Você tá bem?- a Isis perguntou enquanto dava tapinhas leves nas minhas costas.

- Tô, obrigada.- eu dei um sorrisinho sem mostrar os dentes pra ela.

Eu sentei em uma cadeira perto da Lauren e olhei pra ela confusa.

A Mariah serviu o café da manhã para todos na mesa.

- Gente, eu vou fazer caminhada agora, tá? Tchau.- a Lauren disse me dando um beijo na bochecha e abraçou as mães dela.

Por fim, cumprimentou o Felipe e saiu de casa.

- Helena, eu e a Isis voltamos a trabalhar hoje e o Colin vai nos levar até lá, então como eu sei que você gosta de sair, tomei a iniciativa de perguntar para a Lauren de perguntar se você tinha feito algum amigo por aqui e se ele sabia dirigir. A gente tava conversando sobre isso quando você veio aqui. Felipe, você aceita ser motorista das meninas?- a Clara perguntou.

- Claro, seria adorável.- ele respondeu e olhou pra mim dando um sorriso de lado, que revirei meus olhos.

- Que maravilha, você quer quanto de salário?- minha mãe perguntou sorrindo.

- Nada, senhora Scott. Eu não faço praticamente nada o dia inteiro, eu posso fazer esse serviço de graça.- ele disse.

Que cretino, na hora que eu assassinar ele, ele não vai ficar dando esses sorrisinhos de canto.

Ainda por cima tem sotaque britânico, esse sotaque que um dia me levaria a fazer loucuras...

- Esse garoto é um amor, um garoto como poucos. Agradecemos pela sua disponibilidade, querido.- a Isis disse.

- Enfim, nós precisamos trabalhar. E agradeço mais uma vez, Felipe.- a Clara disse se levantando com a Isis.- Colin, prepare o carro, por favor.

- Claro, senhora.- o Colin disse pegando a chave do carro.

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