Você é o Único

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Helena Scott.

- Arrombar ainda mais o cu de um arrombado.

Ela me olhou com os olhos arregalados.

Puta que pariu, eu fui contar isso pra uma bebê.

Como eu vou explicar isso pra ela?

Eu sei que ela tem 42 anos, mas na minha cabeça ela é um anjo.

- Corrigindo, eu vou cair na porrada com uma pessoa que merece.- ela suspirou aliviada.

- Só não se machuca.- ela disse e eu assenti.

Eu fui andando pra casa do Felipe quase partindo o asfalto no meio.

Quem estivesse me vendo ali com certeza ia achar que eu era a filha do Hulk.

Mas isso não importa agora, ou sim, já que se eu quebrasse o asfalto eu ia ter que pagar multa.

Cheguei na casa do Felipe em menos de 10 minutos, não sei o que me chegar tão rápido assim.

Talvez eu tivesse voado sem perceber.

Eu alternei entre tocar a campainha e bater na porta quando cheguei lá.

Depois de um tempo, o Felipe abriu a porta irritado.

- Querid...- não deixei ele terminar e bati com a caixinha na cara dele.

Ele deu alguns passos pra trás e eu fechei a porta com toda a força que eu podia.

- VOCÊ TÁ ACHANDO O QUE? QUE EU VOU TE PERDOAR POR QUALQUER COISA QUE VOCÊ FIZER?- eu gritei estressada.

- O que tá...

- EU TAVA TENTANDO PROCESSAR O QUE TINHA ACONTECIDO, MAS AGORA EU ENTENDO. VOCÊ É COMPLETAMENTE MALUCO.

- Por que você tá gritando comigo assim?- eu ri.

- POR QUE SERÁ QUE EU TÔ GRITANDO COM VOCÊ? VOCÊ É UM VAGABUNDO E EU TÔ COM MUITA RAIVA DE VOCÊ, ENTÃO VAI TOMAR NO CU.

- PARA DE GRITAR, CARALHO.

- E SE EU NÃO PARAR DE GRITAR O QUE VOCÊ VAI FAZER? VAI ME BATER?

- POR QUE VOCÊ TÁ COM TANTA RAIVA?

- TALVEZ PELO FATO DE VOCÊ TER CONTADO PRA UMA QUALQUER SOBRE A MINHA MÃE?

- EU JÁ DISSE QUE TAVA BÊBADO E EU NÃO SEI MUITO BEM O QUE EU FALEI.

- VOCÊ ESTAR BÊBADO É PIOR, ISSO SIGNIFICA QUE VOCÊ É UM IRRESPONSÁVEL E QUE JAMAIS SE PREOCUPOU DE VERDADE COMIGO.

- Eu semp...

- E VOCÊ AINDA TENTOU SE DESCULPAR COM BOMBONS NA CAIXA DA RAPUNZEL E NEM ME ENTREGOU PESSOALMENTE, PORQUE VOCÊ É UM COVARDE.- eu ia tacar a caixa na cara dele, mas talvez eu pegue pra comer depois.

Então eu só bati muito nele com a caixinha e coloquei em cima da mesa de centro.

- VOCÊ ME MATARIA SE EU ENTREGASSE PRA VOCÊ.

- E VOCÊ SABE BEM O PORQUÊ.

- EU JÁ TE DISSE...

- FODA-SE O QUE VOCÊ DISSE, VOCÊ É UM RIDÍCULO QUE ACHA QUE É FODÃO E QUE VOCÊ PODE FAZER O QUE QUISER COM TODO MUNDO, UM MIMADO QUE ACHA QUE A VIDA É PERFEITA E QUE EU AINDA SINTO ALGUMA COISA POR VOCÊ. Mas deixa eu te explicar uma coisa.- eu me aproximei dele e encarei seus lábios.- Você é vazio e o único sentimento que você me causa é pena.

Ele me olhou com ódio e fechou lentamente seus pulsos.

Ok, agora eu vou pra cadeia.

Eu vou esfregar a cara dele no asfalto até ficar plana.

- Você está gritando tanto que só escuta a sua própria voz, nós dois sabemos que se tentasse você estaria gritando em outro quarto.- disse com raiva.

Eu acertei um tapa tão forte em seu rosto, que a minha mão ficou vermelha.

- EU TÔ SENTINDO NOJO DE VOCÊ! VOCÊ É UM EXTREMO FILHO DA PUTA, ALÉM DE SER CAPAZ DE TRAIR QUALQUER PESSOA POR MERDA NENHUMA.

- VOCÊ ESCUTOU NADA DO QUE EU DISSE ATÉ AGORA? EU NÃO LEMBRO DO QUE EU DISSE, EU TAVA INCONSCIENTE, EU PRECISO QUE VOCÊ SAIBA QUE NÃO TEM UMA PARTE EM MIM QUE NÃO SEJA APAIXONADA POR VOCÊ.

- EU NÃO TÔ NEM AÍ PRA  PORRA DA SUA PAIXÃO, MANDA ELA PRA PUTA QUE PARIU, SEU FILHO DO DEMÔNIO.

- HELENA, CALA A PORRA DA SUA BOCA.- ele se aproximou, mas eu continuei parada no mesmo lugar.

- SE VOCÊ É TÃO MACHÃO ASSIM VEM CALAR. VOCÊ NÃO TEM ATITUDE NENHUMA, SABE DO QUE VOCÊ PRECISAVA? DE UMA BABÁ, SEU ESCROTO.- ele me prensou contra a parede e me olhou com ódio.

-  VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DAS COISAS QUE VOCÊ TÁ FALANDO.- olhou pra mim com ódio.

- EU NÃO TENHO? VOCÊ CONTA DA MINHA MÃE PRA ASHLEY BÊBADO E EU NÃO TENHO NOÇÃO DO QUE ESTOU DIZENDO? TALVEZ VOCÊ TENHA PASSADO TEMPO DEMAIS CHUPANDO A BUCETA DELA PRA PENSAR EM MIM E EU NÃO TINHA PERCEBI...

Eu não pude terminar de lacrar com o Felipe, porque ele me interrompeu com um beijo.

Merda, mil vezes merda.

Eu tinha esquecido de como isso era tão bom.

Empurrei o Felipe  já sentindo falta do seu beijo, mas ele colou novamente nossos lábios em um beijo intenso.

Senti ele apertar a minha cintura e juntar nossos quadris.

Eu segurei o seu pescoço aprofundando mais o beijo.

Ele me deitou no sofá e intercalou os beijos do meu pescoço pra minha boca.

Nos separamos para respirar e eu levantei do sofá me virando de costas pra ele.

- Não, não, não, não, não.- eu sussurrei repetidamente e o Felipe me puxou começando mais um beijo.

Ele levou uma mão pra minha cintura e a outra pras minhas costas.

- Não dá, eu não consigo mais.- empurrei ele de novo e o mesmo olhou pra mim frustrado.

continua...