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Helena Scott.

Eu entrei casa e vi que a Isis e a Lauren já tinham chegado.

As mesmas vieram até mim animadas e contando algo que tinha acontecido com elas, mas eu não consegui responder e só sentei no sofá.

- Filha? Você tá bem?- a Isis sentou do meu lado e colocou a mão nas minhas costas.

A Lauren se ajoelhou na minha frente e me olhou preocupada.

- Eu e o Felipe...- eu encarei ela chorando.- Acabou, mãe.

- Ah, eu sinto muito.- ela me abraçou.

- Mas vocês vão voltar logo, né?- a Lauren disse segurando e fazendo carinho nas minhas mãos.

- Eu não sei, irmã. Eu acho que é pra sempre.- ela sentou do meu lado e também me abraçou.

- Não, mas pra sempre é muito tempo.- falou chocada.

- Lembrei de uma coisa.- a Isis se levantou e foi até a geladeira.

Em menos de 2 minutos voltou com uma panela de brigadeiro e três colheres.

- Cura ressaca e depressão, mas no seu caso só a depressão.- ela disse me dando uma colher e eu ri.- Ah não ser que você tenha bebido também.- eu ri.

- Como você aprendeu a fazer?- eu perguntei já que tinha esquecido que ela era casada com uma brasileira.

- Aquela doida que eu não gosto nem de lembrar o nome me ensinou.- ela começou a comer o brigadeiro.

- Ah.- eu disse em uníssono com a Lauren.

Eu dei uma colherada no brigadeiro sentindo o gosto doce se espalhar pela minha boca.

Eu com certeza, adoraria detalhar  esse momento maravilhoso, mas eu tenho senso e não quero deixar vocês com fome.

Deus me livre perder os meus leitores por causa de brigadeiro.

[...]

- Eu não tô mais aguentando.- a Lauren disse se levantando e a Isis encarou ela confusa.

Eu estava curtindo a minha bad com a minha mãe e ela, jogadas no chão e escutando música deprimente mas a panelinha explodiu agora.

Nem curtir a depressão eu posso mais.

Aff, povo tóxico.

Tá pior que Chernobyl.

- O que aconteceu, gente? Eu tava quase chorando aqui pela morte do amiguinho dela.- Isis se referiu a mim e o Felipe e eu ri tentando disfarçar.

- É que eu não aguento mais vocês sofrendo aí, vamos fazer alguma coisa. Sei lá, tem tanto lugar aqui na Califórnia pra se distrair e vocês aí chorando.

- Não pode querer ficar subterrânea de tanto chorar mais não?- eu perguntei irônica e ela riu.

- Você é tão linda, rara e especial pra ficar chorando por qualquer filha da puta.

O Felipe não é um qualquer, mas é um filha da puta.

Ela tem toda a razão.

- Tá bom, me convenceu.- eu disse e ela deu pulinhos animada.

- Então vai ser tipo um programa mãe e filhas?- a Isis perguntou e ela assentiu.- Então eu topo também.

- A gente pode ir no zoológico, comer alguma coisa e depois ir no museu de artes.- eu sugeri.

- Isso, vai ser um dia maravilhoso.- a Isis se levantou e me ajudou a levantar também.

- Adorei a ideia.- eu sorri pra Lauren.

A Isis pegou a chave do carro e olhou pra nós sorrindo.

- Meninas, nosso dia começa agora.

[...]

Cheguei em casa e me joguei no sofá cansada.

Tô brincando, gente.

A gente chegou no zoológico tem uns 11 minutos.

Eu não sei que animal nós vamos conhecer. Na verdade nós só estamos andando e vendo no que dá.

- Olha as zebras.- a Lauren disse chocada e foi ver as zebras.

- Ah, que lindas.- a Isis disse encantada.

- Que fofa, vou chamar ela de Rogéria.- elas riram.

- Rogéria, você tá com fome?- a Isis brincou.

Aí vocês se perguntam como eu sei que é menina.

Bom, ela não tem pau.

Mas ela também pode ser uma menine e vou ter que chamar de Rogérie.

- Querem entrar ali e conhecer as zebras de perto?- um moço nos perguntou me fazendo tomar um susto.

continua...

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