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Melissa

_ Seu carro chegou do conserto quando? - pergunto para Lucas.

Me ofereci para vim acordá-lo, já que o mesmo parecia estar hibernando na cama quando seus pais saíram. Tia Lúcia deixou o café da manhã pronto e mesmo que agora sejam quase duas da tarde, estou o observando comer.

_ Ontem à tarde. O almoço tá na casa de quem hoje? - o olho surpresa, ele planeja almoçar?

_ No Fernando. - ele concorda com a cabeça e morde mais um pedaço do misto quente.

Estava rezando para que ele demorasse na sua refeição, afinal estava fugindo de um certo alguém. Bruno assim que chegou veio me cumprimentar normalmente, como se não tivesse se declarado na noite anterior.

É claro que agradeci internamente, sua amizade era importante para mim e eu não queria perdê-la. O problema foram os olhares durante o almoço, já que agora eu sabia o que aquele olhar transmitia.

Fiquei me perguntando qual seria o próximo passo. Eu deveria dizer para ele que quero tentar? Convidá-lo para um encontro?

_ Melissa? Ei! - Lucas balança suas mãos na altura dos meus olhos. _ Tá no mundo da lua garota?

_ O quê? Hum, eu só tava pensando em algumas coisas.

_ Eu percebi. Enfim, tava aqui pensando no que quero fazer da minha vida daqui pra frente. - cruzo os braços sobre a mesa e imagino que ele deva estar falando sobre trancar a faculdade.

_ Já falou com seus pais?

_ Bom, preciso ensaiar meu discurso então, amanhã sem falta. - seu nervosismo é nítido.

_ Lucas, relaxa. - apoio minhas mãos nos seus ombros. _ São seus pais, vão te apoiar.

_ Você acha? Porque eu não tenho nenhum plano ainda, só sei que não quero ser arquiteto.

_ Acho, e tá tudo bem não saber. Você só tem 18 anos, não é obrigado a decidir tudo agora. - ele respira fundo e abre um sorriso para mim.

_ Você daria uma ótima psicóloga. - faço uma careta, mostrando o quanto discordo.

[...]

Ando de um lado pro outro pela sala, repensando novamente no que vou dizer. Assim que todos estavam distraídos jogando algum jogo na varanda, pedi que Bruno viesse me encontrar na minha casa.

Ouço a porta ser aberta e Bruno aparecer no meu campo de visão.

_ Oi. - diz assim que para na minha frente, com as mãos enterradas nos bolsos do short jeans.

_ Oi, eu queria conversar sobre ontem.

_ Olha, se você ficou desconfortável com as coisas que falei, podemos esquecer e...

Surpreendendo a mim mesma, calo sua boca com um beijo. De primeira, ele não reage, porém assim que passo meus braços envolta do seu pescoço e mordo seu lábio pedindo permissão com a língua ele abre sua boca, me permitindo explorar cada canto dela.

Ele cola meu corpo ao seu em uma puxada firme na minha cintura, me fazendo gemer entre o beijo. Sinto meu corpo ser empurrado levemente para trás, até sentir meus joelhos baterem contra o sofá.

Bruno inverte nossas posições e senta no sofá, me puxando para seu colo. Assim que nossas bocas se separam, me apresso em dizer:

_ Eu quero tentar, Bru. Eu realmente quero. - um sorriso surge nos seus lábios e ele segura fortemente na minha nuca, me trazendo pra si.

_ Vamos fazer dar certo, porque eu quero você Melissa.

Me beija novamente e eu só percebo o quanto estou com tesão, quando uma de suas mãos sobem pela minha coxa direita, apertando levemente. Separo nossas bocas e começo a distribuir beijos pelo seu maxilar e pescoço, chupando e lambendo o mesmo.

Bruno passa suas mãos pelo meu corpo, e decido que é hora de pararmos. Não quero ser pega assim, quase transando, pelos meus pais ou amigos, já que ainda estávamos no sofá da sala.

_ Deveríamos terminar isso mais tarde, num lugar mais reservado, né? - pergunto olhando nos seus olhos e vejo que ele está tentando normalizar a respiração.

_ Sim, claro.

Me levanto do seu colo e dou uma ajeitada nos cabelos. Bruno levanta logo em seguida e segura minhas mãos.

_ Você tem certeza disso? Não quero que se sinta pressionada só porque me declarei pra você.

_ Claro que tenho. - entrelaço nossas mãos. _ Você é meu melhor amigo, jamais te machucaria. Então, acredite quando digo que pensei muito sobre o assunto. Aliás, eu sempre te achei um gostoso. - dou um passo para trás e observo seu corpo de baixo para cima, tirando um sorriso do mesmo.

_ Bom, nisso você ganha de mim fácil. - passa a língua pelos lábios e já sinto vontade de beijá-lo novamente.

Droga, Melissa. Se controle!

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