" Serei seu amor, levando o tempo que for. "
Melissa sempre foi apaixonada por Lucas, o garoto que ficava com todas as garotas da escola e é um libertino nato. Mas a declaração do melhor amigo pode confundir sua mente e talvez bagunçar seu coração...
Abro meus olhos lentamente, percebendo que mais uma noite dormi no sofá da sala. Atualmente, minha rotina como cirurgião/ chefe da cardiologia sempre terminava assim, comigo jogado no primeiro canto disponível para dormir.
Me levanto para tomar um banho e tomar meu café da manhã, passando protetor no rosto e base nos meus dedos em seguida. Procuro pelos presentes das crianças antes de ir me vestir, encontrando-os intactos dentro de uma gaveta.
Precisava agradecer minha mãe por isto.
Hoje, Heitor e Helena completariam 11 anos e não era de se esperar menos do que uma enorme festa para os dois. Yuna havia se tornado uma mãe tão coruja, contando as horas para chegar do trabalho logo e curtir com os pequenos.
Minha irmã também não ficava tão atrás, sendo extremamente superprotetora com Bernardo, algo que particularmente não podia julgar tanto já que era pior. Meu afilhado era a alegria dos meus dias e eu não conseguia mais me lembrar de como era minha casa sem essas crianças.
Ok, eu assumo. Me tornei o tio mais babão do mundo.
Helena comemoraria seu aniversário agora na parte da manhã, e Heitor teria a noite toda dedicada para ele. Os dois estão na fase de odiar festa compartilhada e preferem ter a atenção direcionada apenas para eles na sua própria festa.
Começo a me arrumar com calma, ciente de que não posso atrasar para a festa ou Yuna me acusaria de estar viciado no trabalho novamente. Pego as chaves do carro e me direciono até a garagem, já conseguindo ver alguns vizinhos varrendo a frente das suas casas.
Consegui comprar essa casa há um ano atrás, realizando um sonho que parecia impossível para mim. Mesmo quase não parando dentro dela na maioria dos dias, é satisfatório saber que tenho um lugar para voltar todos os dias e que foi fruto do meu trabalho.
Vejo Helena na entrada da festa com Gabriel, recebendo os convidados que chegavam e aproveitando para ouvir elogios pelo seu lindo vestido e asas como uma borboleta.
_ Tio! - ouço ela me gritar, acenando na minha direção assim que saio do carro.
_ Que borboleta linda que pousou no meu jardim hoje! - falo ao abraçá-la e cumprimentar seu pai em seguida.
_ Yuna já estava prestes a surtar com você.
_ Porque me atrasei cinco minutos?
_ Ela sabe que você não foi ontem, de novo. - reviro meus olhos e volta a me concentrar na pequena, ignorando Gabriel.
_ Quer me mostrar sua festa? Estou curioso!
_ Sim! Vou te mostrar o que eu e a mamãe fizemos juntas!
Sua animação me contagia e adentramos no jardim, meus olhos passeando por todo o local e ficando perplexo com o quão bem planejada foi essa festa, especialmente nos detalhes.
Yuna nunca decepciona mesmo.
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