When everything started

Capítulo 54

Chegamos ao fim de um ciclo e eu só quero saber quem vai escrever uma fic onde a Stéfani é a primeira a saber sobre o divórcio e começa a enviar, anonimamente, flores e presentes para a Mi, a fim de conquista-la.

Eu quero isso na minha mesa já!

Enfim, tenham uma boa leitura!
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Pov Mirella

Ela está absurdamente linda. Stéfani está incrivelmente maravilhosa. Seus olhos verdes bem clarinhos destacam perfeitamente suas pupilas dilatadas. Ela está rindo de nervosa toda vez que me olha e tenta ao máximo não transparecer isso. Mas eu a conheço e não estou muito diferente dela.

Nessas horas, realmente, se passa um filme em nossas cabeças. Todos os nossos momentos, sem tirar e nem pôr, desde o primeiro beijo e todos ou outros até chegarmos neste altar. Até cruzarmos nossos dedos e darmos um passo ao desconhecido, porém confiantes de que vai ser um futuro incrível.

Ela chegou tão sorrateiramente que eu desconfio que tenha sido um acaso. Eu acredito em destinos e hoje sei que o nosso estavam ligados. Ela ia aparecer na minha vida de um jeito ou de outro e me faria ver que eu merecia alguém que me tirasse de órbita. Alguém que fosse tão bom para mim quanto eu para ela.

Ela chegou e me mostrou que o significado de reciprocidade não existia apenas no dicionário.

Já pensei que eu não merecia tanto. Não merecia ser prioridade na vida de ninguém por que sempre iam existir outras melhores que eu. Mas ela me provou que eu merecia um amor que invadisse todo o meu ser. Um amor que corresse em minhas veias e arrepiasse todo o meu corpo.

Óbvio que eu tive medo, mas quem não tem? Eu tive muito medo de me apegar, de amar, de me entregar e ser deixada outra vez. Eu tive medo de não ser suficiente, de não arrepiar seu corpo, de não fazê-la feliz como ela poderia e estava disposta a me fazer.

E mais uma vez ela foi no meu tempo. Ela me amou devagar, mas tão intensamente que me contagiou. Ela me ajudou a me amar e me fez ama-la ainda mais. Ela me olhou em um dia nublado e eu soube que o sol não precisaria sair lá fora, pois o brilho que eu precisava ela carregava no olhar.

Ela me amou independente dos monstros que eu carregava na minha parte mais obscura. Foi então que eu entendi o por que dela ter dito que queria conhecer a minha melhor versão. Por que nela eu era apenas eu. Sem medos, sem traumas, sem cargas passadas. Apenas a Mirella sorridente, brincalhona e feliz.

Eu nunca precisei dela pra ser feliz, mas sim para entender que eu tinha de ser, por mim principalmente, e por ela. Se ela estava tão aberta e entregue, eu tinha de fazer o mesmo. Se ela resolveu tentar, eu tambem resolvi. Eu estaria aqui caso ela precisasse, e ainda estou e espero sempre estar.

Tivemos nossos altos e baixos, mas a vida é isso, não é? Uma enorme e constante montanha russa. Uma hora você está se sentindo no paraíso e num piscar de olhos sente que está no inferno. E tudo bem, a vida não é uma mar de rosas, e no amor nem tudo são flores.

Mesmo com o seu jeitinho bruto, ela me fez entender que eu ainda poderia viver um amor saudável. No começo foi difícil acreditar nisso, era bom demais pra ser verdade. Mas ela continuou me amando, devagar, com carinho, de dia, de noite, de madrugada. Eu queria estar com ela, mas só o querer não bastava.

Era sobre ter medo de eu não ser suficiente outra vez. Medo do sentimento esfriar e o meu amor se tornar um fardo para ela. Mas ela me mostrou totalmente ao contrário. Nosso amor era leve...é leve. É saudável, é gostoso de sentir e de viver. É como se fosse fácil amá-la. E realmente é.