CAPÍTULO 12
- Eu já não disse que vou dar um jeito? – dizia irritado ao telefone – Então me economiza parça... sim, eu sei. .Eu não faço idéia... acho muito difícil... ela ta resistente mas todos nós sabemos que no fundo ela me ama... ok, até mais.
- Eai? – o amigo que estava jogado no sofá da sala perguntou – Acha que elas podem estar juntas?
- Eu não sei – o outro respondeu – Mas o que a Mirella gosta, só homem tem, saca?
- Aquela outra é até gostosinha – o moreno esticado no sofá disse.
- Então fique com ela, eu só quero a Mirella – disse pegando suas chaves – Inclusive bora que eu tenho que encontrar a outra lá.
- Ela ainda cai no teu papo? – o amigo perguntou se levantando.
- Sabe como é né – disse convencido – O pai sabe do que elas gostam.
(...)MIRELLA
- Vai ter que aguentar, eu pegando outra novinha pra botar no teu lugar – cantei enquanto fazia minha maquiagem.
- Não quero ficar no lugar de ninguém – Teté disse – Prefiro conquistar o meu próprio.
Não falei mais nada, continuei a fazer minha maquiagem fazendo o silencio reinar entre nós duas. Ontem a noite fomos à balada com as meninas, curtimos bastante e tava tudo bem até o Dynho aparecer. Eu tava saindo do banheiro quando ele veio jogando os papos dele pra cima de mim dizendo que tava com saudades, que me amava e bla bla bla e quando eu menos esperei, ele cortou a distância entre a gente e me beijou. Tempo suficiente pra Teté ver. Depois disso o clima estragou e acabamos vindo pra casa.
- Vai implicar até com a música que eu canto – perguntei me virando pra ela e me aproximando – Eu já disse que eu não tive culpa, e você sabe por que viu – ela não disse nada, então não forcei a barra – Quer que eu te leve em casa?
- Não precisa, eu chamo um Uber – falou se levantando – Só tava esperando minha dor de cabeça passar.
- Como quiser princesa – falei saindo do quarto, mas antes de pegar o corredor, voltei e a encarei – Te espero no carro.
- Mas...
- Mas nada, sei muito bem da sua mania de não querer comer – falei – Então vou te levar em casa, a gente vai almoçar juntas hoje e depois eu vou trabalhar.
Minutos depois estávamos dentro do elevador rumo ao estacionamento. Ela estava encostada do lado oposto do meu, com a cara de brava e quer saber? Ela fica a coisa mais linda assim.
Sei que a cena que ela viu não foi uma das melhores e que ela ficou chateada, mas eu não tive culpa poxa. Tentei pedir desculpas, mas ela disse pra parar por que a culpa não havia sido minha.
O silêncio reinou o caminho todo até o apartamento dela, quando chegamos ela disse pra esperar que ela ia tomar banho e trocar de roupa. Enquanto isso, liguei pro restaurante em que sempre almoço e pedi delivery e pouco tempo depois ela voltou a sala vestindo um short de jeans e cum top.
- Quer assistir algo? – perguntou pegando o controle e sentando na ponta do sofá em que eu já estava sentada.
- Eu só quero que você ao menos olhe na minha cara – falei e esperei seu olhar se voltar para mim, não veio – Stéfani?
- O que ia acontecer se eu não tivesse chegado? – perguntou depois de tanto me encarar.
- Se eu quisesse beijar ele, não o teria empurrado – falei.
- Mas a pergunta que eu fiz foi ...– fez uma pausa e se ajeitou no sofá sentando de frente pra mim – O que ia acontecer se eu não tivesse chegado? Por que ele ia insistir outra vez, e eu quero saber se você ia resistir e sustentar o que ta me dizendo.
- O que você ta querendo dizer com isso?
- Só responde Mirella – falou visivelmente sem paciência.
- Você não confia em mim?
- Não é questão de confiança, eu só quero entender o que acontece com você em relação a ele.
- Estamos juntas a tempo suficiente pra você saber o que eu faria – disse e a ouvi soltar uma risadinha rouca e forçada – Me diz você o que teria acontecido.
- Quer sinceridade? – perguntou me encarando. Ao ouvir aquilo dei uma risada falsa e virei o rosto encarando a tv – Eu não sei qual suas reações quando se trata dele. Eu não sei o que você sente, se ainda sente, eu não sei de nada Mirella.
Ficamos em silencio novamente, mas logo ela se levantou e foi para o quarto voltando rápido com o celular em mãos e me entregando.
- Olha o tanto de ataque que eu to recebendo por tentar separar o casal perfeito – comecei a olhar o celular e por incrível que pareça todas as paginas de fofoca já tinham postado a foto do meu “beijo” com o Dynho especulando uma possível volta. Comecei a ler os comentários e tinha cada coisa horrível sobre mim e a Stéfani. Notícias de que o Dynho tava ganhando seguidor, que a gente nunca se separou de verdade...
- Como eles conseguiram isso? – perguntei em relação a foto entregando o celular pra ela novamente.
- Eu não sei, mas já dar pra perceber que foi uma armação – Stéfani disse – Eu não ligo pra mídia não, e nem tampouco me importo com o que dizem, mas eu sei que você liga.
- Eu não acredito que ele fez isso – passei a mão no rosto rindo de nervoso. A campainha tocou e ela se encaminhou para abrir. Era o nosso almoço que prontamente ela o levou para a cozinha.
- Vem almoçar – me chamou. Caminhei até ela e antes de sentar ela segurou em meu braço e me puxou contra seu corpo, me abraçando.
- Ele me usou de novo Teté – falei baixinho enquanto lhe abraçava apertado. Ela não disse nada, só alisava meus cabelos enquanto a vontade de chorar em mim só crescia.
- Hey – se afastou um pouco e segurou meu rosto me fazendo olhar para ela – Eu tô aqui, ok?
- Será que ele sempre vai me ver como um meio de chegar a mídia? – perguntei encostando minha cabeça em seu peito – Eu não sei como consegui passar tanto tempo com ele.
- Não pensa nisso agora – ela falou – Ele já conseguiu o que queria.
- Mas não por muito tempo – falei me afastando.
- Não faz nada de cabeça quente, por favor – pediu calma – E me desculpa pelo o que eu acabei de especular sobre vocês.
- Você fica insegura e acaba de deixando insegura também – falei olhando em seu rosto – Eu tô com você Teté, eu me sinto bem com você, me sinto segura, protegida e não tem por que eu querer trocar isso por algo que não deu certo antes.
Ela selou nossos lábios carinhosamente, fiquei na ponta do pé para beijá-la e ela acabou sorrindo disso.
- Vamos logo comer antes que você se atrase -falou afastando a gente – Pega os pratos.
- Sabe que eu não alcanço os pratos Stéfani – falei indignada por que ela sabia perfeitamente que eu não alcançava o armário na parte de cima.
- Princesinha de jesus – veio em minha direção e segurou minha cintura – Pega os pratos pra gente almoçar.
Ela me deu um selinho rápido e me virou de costas pra ela. Ainda segurando minha cintura, foi me empurrando até chegarmos em frente ao armário e ela abrir a porta onde ficava os pratos. Mas agora eles estavam na parte de baixo e dava de eu pegar. Sorri e me virei pra ela.
- Me senti importante agora – falei passando os braços pelo seu pescoço.
- Você é importante – me deu um selinho demorado – Ate mais que isso – nessa hora nos olhares se prenderam e o frio na barriga começou me deixando sem resposta – Vamos comer?
(...)
- Fica mais um pouquinho – Teté disse me enchendo de beijinhos. Depois do almoço nos jogamos no sofá e ficamos de dengo esperando dar a minha hora – Por favor.
- Amor eu já tô atrasada – disse, mas estava com o corpo mais mole que uma gelatina.
- Repete – parou de me beijar e me olhou sorrindo.
- Eu já tô atrasada? – falei como se fosse o óbvio.
- Isso não Mirella – falou tirando o sorriso do rosto – A outra palavra.
- Mas eu só disse que tava atrasada ue – disse prendendo o riso. Ela fez um bico enorme e eu não aguentei – Não faz essa carinha amor.
- É a segunda vez que você me chama assim – ela afirmou sorrindo - Eu gosto.
- Eu não vou falar o que eu gosto aqui por que eu to atrasada – falei jogando ela pro lado e levantando do sofá - Mas fica aí a dica de que eu gosto de algo e gosto muito viu.
- É? – confirmei e ela me puxou pelo braço fazendo eu cair em cima dela – E o que é?
- Ah é uma coisa aí sabe – falei aproximando nossos rostos e mordendo seu lábio inferior – A noite eu venho pra cá ou você vai pra lá.
- A noite eu fiquei de jantar com as meninas – falou – Se você não quiser vim, eu posso ir pra lá depois.
- Acho que eu vou chegar tarde hoje – falei – Então eu te espero lá.
- Eu te mando mensagem – falou e eu concordei.
Nos beijamos mais algumas vezes e com um pouco de juízo que ainda me restava, me levantei e fui cumprir a agenda do dia. Mas a minha cabeça estava nas fofocas que envolviam meu nome. Mas por enquanto vou deixar quieto, depois do almoço peguei meu celular e Kadu disse que não era pra mim me pronunciar ainda por que ele queria saber qual era a jogada do outro lado.
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Iaaain genteee
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When everything started
FanfictionEra pra ser só um beijo de balada entre duas desconhecidas, mas os caminhos resolvem se cruzar novamente quando Mirella é, acidentalmente, atropelada por Stéfani. Seria ironia do destino ou o universo tentando juntar as duas?