Capitulo 74

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DIANA

Felipe: Quem é Pietra? Vem cá, seu pé está sangrando! — me segurou com cuidado me puxando e eu não conseguia parar de ver ela.

Linda, tão linda. Aquele vestido rodado branco com uma sapatilha, presilha enfeitando seu cabelo bem a cara de Lorena. Ela sorria com um menininho de bermuda e camiseta branca e um mocassim, será que era Bernardo? Enquanto as lágrimas continuavam escorrendo eu sorria e me segurava para não sair correndo e abraçar a minha pequena.

Felipe: Linda? — me chamou pela décima vez e sai daquele transe.

Diana: Quero voltar pro hotel, pode ficar aí tudo bem.

Felipe: Não, vou com você.

Diana: Não quero estragar seu final de ano Felipe.

Felipe: Tira isso da sua cabeça Diana, estou com você cara!

Não respondi, apenas balancei a cabeça dizendo que sim. Fui calada o caminho todo, eu odiava chorar porém eu não tinha mais controle de nada. Chegamos no hotel e já estava andando com dificuldades, no mínimo entrou vidro no meu pé. Sentei na cama enquanto ele me ajudava a tirar o salto com cuidado.

Felipe: Tem um pedaço, vou tirar tá? — me olhou preocupado e balancei a cabeça afirmando.

Diana: Ai! — fechei os olhos e abri logo em seguida.

Felipe: Pronto, vou pegar algumas coisas pra limpar e está tudo bem? O que aconteceu?

Diana: Nada. — falei sentindo um vazio e nos olhamos.

Felipe: Linda, sei o quanto você é misteriosa e de verdade? Gosto disso, você me deixa louco. — ele riu, porém preocupado. Sentou na minha frente e segurou minha mão — Conte comigo, não quero ter uma relação como se fosse apenas o seu cliente porque não quero mais isso. Nem sei como dizer...

Diana: O que? — engoli seco e ele sorrio-

Felipe: Me fala de você primeiro, por favor?

Diana: Tenho uma filha, Pietra. Ela tem 4 anos hoje e ela estava lá naquela praia, ela estava lá. — engoli o choro que foi em vão e comecei a contar toda a minha história, e pela segunda vez me abri com uma pessoa.

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LORENA

3 anos havia se passado, 3 anos sem respostas e o mais difícil era lidar com isso. A justiça, infelizmente não é sempre tão certa, nem sempre dá tão certo e era o nosso caso. Melhores advogados pra nada! Porém, a vida teve que continuar, principalmente com a Pietra crescendo. Eu falava de Diana todos os dias, mostrava fotos, contava o quanto ela amava e Pietra ficava encantada e sempre perguntava mais e mais sobre a mãe.

Pietra: Dinda, vamos pra praia agora? — falou enquanto arrastava sua boia pela nossa casa em Angra.

Sim, depois dos finais do ano em que passamos em Angra era o lugar onde eu gostava de estar e compramos uma casa lá onde íamos na maioria dos feriados e festas da família.

Lorena: Vou colocar meu biquíni e vamos tomar banho de piscina? Porque mais tarde temos festinha na praia. — ela abriu um sorriso.

Pietra: Eba eba!

Ela saiu correndo e abri um sorriso, Bernardo passou correndo por mim só de sunga. Meu coração não aguentava com essas crianças.

Luiza: E quando vem a mini Lore ou o mini Guel?

Miguel: Espero que logo. — aquele lindo homem entrou na sala também só de sunga com os cabelos molhados, meu coração acelerava mesmo depois de 5 anos juntos.

Lorena: Estamos planejando. — dei um sorriso e ele roubou um selinho — Hoje é seu dia de piscina com eles.

Luiza: Você e Ricardo. — falou deitando e rimos — Fico encantada com o jeito em que Miguel te trata sabia?

Lorena: E eu então, o tempo passa mais nada muda.

O dia passou rápido, peguei Pietra na piscina para dar banho, ela nunca me dava trabalho. Pietra desde neném sempre foi esse anjinho e continuou, Fernando ia ver ela de vez enquanto eu particularmente odiava isso e ela recuava um pouco e às vezes chamava Miguel de papai e meu coração se derretia. Coloquei um vestido branco com uma sapatilha, Diana sempre me mandou foto de uma de uma menininha com esse tipo de roupa e eu sabia o quanto ela iria amar ver Pietra com essa roupa. Ela estava encantada em frente o espelho girando com o vestido rodado. Coloquei um vestido longo com uma fenda começando na minha coxa e as costas abertas, fiz uma make básica e passei perfume. Cheguei na sala com Pietra e já estavam todos lá, e Miguel, claro... estava um Deus grego que me fazia apaixonar cada vez mais.

Capítulo 13

Chegamos até a praia e nossa tenda estava lá linda como sempre, um filme passou pela minha cabeça quando vi Pietra correndo junto de Bernardo brincando pela areia e dançando o sertanejo que tocava alto. Miguel estava com as mãos envolvidas em minha cintura, era o meu lugar seguro. O lugar mais seguro que já existiu na minha vida. Deu 00h e os fogos começaram a estourar, Pietra estava em meu colo observando tudo atentamente.

Lorena: Faz um pedido. — falei baixinho em seu ouvido.

Pietra: Qualquer um dinda?

Lorena: Sim, meu amor. — sorri.

Pietra: Quero que minha mamãe volte pra nossas vidas. — falou enquanto abraçava o meu pescoço e deitou a cabeça em meu ombro.

Abracei Pietra como se pudesse tirar aquela saudade que ela sentia de Diana e passasse tudo pra mim, eu preferia sofrer ao ver ela sofrendo assim. Segurei a lágrima, engoli o choro e coloquei um sorriso no rosto. Miguel pegou ela no colo e levou junto de Bernardo para ver os fogos mais de perto.

Lorena: O pedido dela foi que Diana voltasse. — falei baixo quando Luiza se aproximou.

Luiza: Você acha impossível?

Lorena: Tenho esperança Lu, não encontraram o corpo nem nada. Mas poxa, faz tanto tempo.

Luiza: Eu também penso no melhor Lore. — ela envolveu seus braços no meu e deitei a cabeça em seu ombro.

A noite estava boa e agradável, Pietra pulou tanto com Bernardo que parou abraçando minha perna caindo de sono e rimos.

Luiza: Vou pra casa com eles então, dar uma folguinha pra vocês. — falou com um sorriso sarcástico no rosto e rimos.

Ricardo: Aproveitem que amanhã o dia e de vocês.

Miguel: Fez uma pelo menos né? — rimos.

Lorena: Você vai ficar bem com a tia Lu?

Pietra: Claro dinda, vou só descansar os olhos pra amanhã a gente ir pra piscina. — abriu aquele sorriso lindo que amo e ri apertando ela.

Lorena: Te amo pequena, daqui a pouco estarei lá.

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