Capitulo 88

1.9K 98 0
                                    

Diana

Aquela sensação de paz, de "eu consegui" só veio quando eu vi Lorena bem, ela e nossa bebê. Dante levou Fernando e seria a última vez que eu iria vê-lo.

Fernando: vocês terão paz agora e eu fico feliz por isso, e me perdoa. Me perdoa por favor. — seus olhos estavam marejados e engoli a seco.

Diana: você ajudou Antonella a tentar matar a mãe da sua filha, você ligou o foda-se é simplesmente não lutou por ela. Agradeço muito a Deus por estar viva, e por ter Lorena e Miguel. Eles serão sempre os segundos pais de Pietra. Nunca irei falar mal de você pra ela, porém você nunca mais irá vê-la.

Ele não respondeu. O Dante me olhou e assentiu, dei passagem deixando eles levarem Fernando. A porta abriu e lá fora haviam diversos jornalistas, câmeras e pessoas. Felipe entrou logo em seguida e fui correndo em sua direção me entregando 100% para aquele homem.

Felipe: está tudo bem agora. — seus braços me deixavam segura.

Diana: obrigada, obrigada por ter insistido em mim. — levantei a cabeça para olhar em teus olhos — te amo tanto.

Felipe: eu te amo também linda.

Precisava ir até a delegacia dar meu depoimento e todo o procedimento. Eu mal podia esperar para estar 100% livre. O dia da audiência chegou, foi difícil expor para todos a minha profissão desde sempre. Os pais de Felipe acabou descobrindo quem eu realmente era e eles vieram até o Rio de Janeiro atrás dele. Por sorte chegaram na hora da audiência. E lá estava ela de uniforme do presídio, Antonella. Ela não me olhou em nenhum momento. Miguel, Lorena, Luiza, Ricardo... todos estavam lá presente. Dei meu depoimento e falei tudo. Antonella tentou desviar e mentir como ela fazia de melhor porém Fernando nos surpreendeu. Ele contou tudo, detalhe por detalhe.

Juiz: nós temos uma nova testemunha, favor Cristiane. — Antonella arregalou os olhos e eu abri um sorriso. Cris caminhou e sentou-se, o advogado de Antonella levantou para interrogá-la.

Cristiane: Antonella não é minha tia como todos pensavam que era, ela é minha mãe -Antonella permaneceu intacta, seus olhos estavam marejados porém ela era ruim o suficiente- ela me deixou em um dos seus bordeis para se dedicar à profissão de professora. Ela me fez -sua voz ficou embargada- eu descobri que Diana estava viva, não contei nada pra ela queria conhecer a vida da pessoa que a minha mãe tentou tirar a vida. Nesse meio tempo conheci a Pat, ela me acolheu enquanto Diana veio para o Rio de Janeiro, ela me ajudou a ser forte e vim até aqui enfrentar Antonella -olhava em teus olhos enquanto falava- tenho provas, mensagens e fotos de todos os bordeis e tráfico de drogas também. Antonella nunca vai parar se a lei não for justa e não, não me dói falar isso sobre ela até porque eu nunca passei de um erro na vida dela.

.
.
Lorena

Aquela dor, aquela cólica era diferente. Estava sentada na sala de camisola enquanto Pietra brincava, tentei controlar a respiração porém quando eu senti aquele líquido escorrer pela minha perna gritei.

Pietra: dinda, dinda é a Laura? Ela quer nascer?

Lorena: sim princesa. — dei um sorriso e soltei um gemido em seguida — pega o celular da dinda, liga para o padrinho. Ele deve estar chegando.

Ela levantou correndo e foi pegar o celular, começou a discar para Miguel e aporta abriu. Era Diana, meu Deus ela sempre aparecia na hora certa.

Diana: Lore, calma. — largou a bolsa na poltrona e foi até o sofá — respira fundo ok? Não vai dar tempo de Miguel chegar. — ela olhou pra trás — Fe, me ajuda aqui.

Lorena: meu Deus dói muito. — falei entre os choros e tentei me recompor.

Fomos até o carro com dificuldade, e respirei aliviada quando chegamos até o hospital. Eles me levaram direto para a sala de parto, e eu abri um sorriso quando vi Miguel entrando com a roupa pronto para a cirurgia. Teria que ser cesária, a gravidez era de risco e minha médica não quis arriscar. O procedimento foi tranquilo e calmo, Miguel era o homem da minha vida. Ele conversou comigo o tempo todo, me ajudava na respiração e até choramos juntos. Após alguns minutos ouvi aquele chorinho agudo que me deixou mais apaixonada ainda.

Doutora: digam ola para a Laura. — falou enrolando ela na manta e levando para os meus braços.

.
.

NOSSO AMOR IMPOSSÍVEL Onde histórias criam vida. Descubra agora