Capítulo 3

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Hande estava sentada, lendo um livro, quando avistou a caminhonete preta de Kerem. Ela levantou sorridente e acenou, enquanto observava o mesmo estacionar o veículo. Burak apareceu, parando ao lado dela, e colocou as mãos na cintura. Ele olhou para Hande, fitando-a por breves segundos.

— O que houve? Você está me parecendo abatida.

— Não foi nada. — Ela desviou o olhar.

— Hande, veio para se divertir. Eu não quero você chorando, nem por sua mãe, nem pelo projeto de homem que você chamou de namorado, ok? — Ela assentiu, envergonhada. Burak se aproximou para depositar um beijo sobre sua testa e depois se afastou, indo em direção à Kerem.

— Bom dia! — Maya foi a primeira a falar. Ela era uma mulher bonita. Seus cabelos ruivos ganhavam intensidade na luz do sol e sua pele branca parecia porcelana. Agora Hande conseguia entender o "raposinha". — Como está, Burak? — Ela o abraçou.

— Estou bem, pequenina. — Ele se afastou e apertou a mão de Kerem. — Fico feliz em te ver aqui. Achei que não viria.

— Vim por Hande, e pela insistência de Maya em conhecê-la. — Ele tirou o óculos. — Estamos pensando em levá-la para um almoço que acontecerá lá em casa. Algum problema?

— Claro que não. Peço que façam isso, ela está precisando. — Eles assentem.

Hande se aproxima sorridente e para ao lado de Burak.

— Oi.

— Oi. — Dizem em uníssono. — Tudo bem? — Maya se aproximou, abraçando-a. — É um enorme prazer conhecê-la. — Hande sorriu. — Quando Kerem me disse que você estava aqui, eu quase não acreditei!

— Fofoqueira. — Maya riu do irmão e deu de ombros. — Ela é minha irmã gêmea, Maya.

— Gêmea? Que legal! Eu tenho um irmão mais velho.

— Já falei com ele uma ou duas vezes.

— Anil é um trabalho em andamento. Aquele menino é o próprio caos. — Hande bateu no braço do avó levemente, fazendo-o rir.

— Não pegue tanto no pé dele, vô. — Burak levantou as mãos em rendição.

— Vou deixá-los conversar. Até. E você, não demore de voltar. — Ela assentiu.

— Como é a vida de atriz?

— Maya, deixe-a em paz.

— Não... — Ela riu. Parecia divertido falar sobre isso sem querer morrer, finalmente. — Tudo bem. É legal, apesar de ser sufocante as vezes.

— Qual a pior parte?

— Paparazzi. — Kerem e Hande disseram, juntos.

— Ainda bem que escolhi arquitetura.

— Você é arquiteta? — Ela esbugalhou os olhos, impressionada.

— Sou sim.

— Sempre quis fazer faculdade.

— Nunca é tarde.

— O papo está bom, mas já é hora de irmos.

— Mas já?

— Você vem conosco, Hande. Se aceitar, obviamente.

— Venha, vai ser divertido. Tenho primas que sempre quiseram te conhecer. — Kerem olhou para a irmã, repreendendo-a com o olhar.

— Tudo bem! — Ela riu. — Vou só trocar de roupa.

— Eu vou com você. — Maya a acompanhou.

Quando duas vidas se encontram Onde histórias criam vida. Descubra agora