Já era noite, precisamente 20:24, e ainda não havia nenhuma informação a respeito do sequestro de Hande e Maya. Kerem e Anil fizeram a queixa, contrataram uma equipe de busca mais capacitada, mas não haviam vestígios. Elas simplesmente sumiram, e ninguém conseguia encontrar um culpado.
Kerem volto para casa, irado, e se trancou no quarto de sua irmã. Ele não pôde esconder dos pais, pois Burak já tinha ligado para eles.
— Mãe! — Atendeu a ligação. Sua voz denunciara o quanto o mesmo estava cansado — Mãe, me desculpe, eu falhei em cuidar dela, me desculpe!
— Meu amor, a culpa não é sua. Pare de se culpar, por favor — Disse, com a voz carregada de tristeza. Ela soluçou por alguns minutos, então só restou o silêncio. Até que a voz do pai de Kerem bradou do outro lado da linha — Filho, estamos indo até você. Não fique se culpando, me ouviu?
— Pai, é muito longe...
— Vocês são tudo pra mim, não me importo com a distância.
— Ok.
— Vou desligar. Até mais, meu menino.
A ligação foi encerrada abruptamente e não se importou com isso. A situação era desesperadora. E ele tinha ciência de que seus pais estavam com medo. Medo de não chegar a tempo. Medo do terror que a impotência causara. Medo do pior.
Kerem abraçou os joelhos e fitou um porta retrato com uma foto de Maya. Ela estava tão contente. Tinha ganhado seu primeiro prêmio de melhor aluna da turma de arquitetura. Ele fechou os olhos e deixou uma lágrima escapar.
Como se não fosse o suficiente, lembrou-se de Hande. Da mensagem que ele não leu e que poderia mudar o rumo das coisas.
O quão negligente eu fui com elas?
— Kerem? — A voz de Anil o tirou de seus maus pensamentos. Ele se levantou e abriu a porta — Eu estava te procurando.
— Alguma notícia? — Enxugou as lágrimas.
— Nenhuma — Suspirou. Ele se jogou na cama e deixou que o peso da culpa o esmagasse — Eu não devia ter deixado ela ir só.
— São adultas, não podemos prendê-las — Tentou consolá-lo e convencer a si mesmo — Não temos culpa.
— Eu tenho — Fechou os olhos — Eu não estava lá para ela, eu não a protegi. Não a protegi do Daniel, do papai...
— Você é o melhor irmão que alguém poderia ter. Você não teve culpa de nada, ok? — Colocou a mão sobre o ombro dele, apertando-o — Nós vamos encontrá-las.
— Eu tenho um suspeito.
— Quem?
— O meu pai.
— Fala sério, Anil. Não acredito que ele seja tão ruim a esse ponto.
— Você não o conhece. Talvez seja vingança por Hande ter deixado ele e vindo pra cá.
— Ainda prefiro acreditar que seu pai não faria isso.
— Então não temos suspeitos.
— E o tal do Engin? Vi ele encurralando ela.
— Não acredito que seja ele. Aquele cara é só um conquistador barato — Kerem assentiu.
Não havia nada que pudesse ser feito, apenas aguardar as investigações. O celular de Anil tocou, fazendo ambos levantarem de repente.
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Quando duas vidas se encontram
RomanceO desaparecimento de Kerem Bürsin chocou seus fãs e familiares. Cansado dos holofotes, ele simplesmente fugiu deixando para trás uma carreira promissora. Quando Hande Erçel soube da notícia não conseguiu não sentir um pouco de inveja. Havia momentos...