Capítulo 33

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No outro dia, Hande acordou cedo, e não esperou pelos amigos. Ela se arrumou, juntou os pertences e pegou o carro. Sua pressa foi tanta, que ela ao menos lembrou-se do cinto de segurança, e quando um carro que vinha na direção contrária, parou de forma abrupta na sua frente, ela sentiu o corpo ser jogado para frente, mas se segurou.

— Mas que droga foi essa? — Sentiu o coração acelerar por conta do susto. Ela baixou o vidro da janela e preparou-se para xingar quem quer que fosse, mas sentiu o ar faltar quando Daniel saiu do outro carro — Não...

— Olá, bonitinha — Sorriu. Havia alguma coisa errada naquele sorriso — Eu vou ser direto, antes que seu namoradinho apareça do nada.

— Me deixe em paz, estou pedindo com educação — Ela segurou o volante do carro com força.

— Não precisa se assustar, eu jamais faria nada com você — Seu sorriso foi tão diabólico que ela sentiu vontade de fugir.

— Daniel, me deixe em paz! —Aumentou o tom de voz.

— Eu espero que você me deixe falar, e me ouça com atenção! — Sussurrou de forma ameaçadora, depois de bater no carro com força — Você terminará com ele, não dirá nada sobre o que aconteceu, e voltará para mim, entendeu? — Ela o olhou com a sobrancelha arqueada — Desde que terminamos, meu dinheiro caiu, eu não tenho mais fama. Kerem roubou tudo de mim.

— Ninguém...

— Roubou! — Gritou — Você fará isso, ou seu avó sofrerá as consequências.

— Você não fará nada com ele.

— Quer pagar pra ver? — Levantou ambas sobrancelhas — Está avisada. Como sou bonzinho, vou te dar ao menos um mês para se despedir dele — Hande o observou se afastar.

Ela esperou que ele fosse embora para desabar. Quando tudo isso acabaria?

💥

Maya sorriu para sua cunhada e levantou-se para recebê-la com um abraço forte.

— Como você está? — Hande a soltou lentamente.

— Bem melhor. Kerem está bem, nem parece que passou por tudo aquilo.

— Ele é forte — Sorriu. Maya olhou para ela com um olhar de análise — Que foi?

— Você não me parece bem — Arqueou a sobrancelha — Foi Daniel, não foi?

— Não, não... — Gaguejou.

— Você é uma péssima mentirosa.

— Eu não sou não — Desviou o olhar. Anil se aproximou delas, com um sorriso gentil nos lábios — Oi irmão — O abraçou.

— Oi, meu bem. Tudo bem? — Ela assentiu — Kerem está acordado. Acabei de falar com ele, por que não vai lá?

— Eu só estava esperando a oportunidade — Sorriu de forma animada. Ela acenou para ambos, afastando-se, e entrou no elevador.

Quando as portas se abriram, ela saiu rapidamente, ansiosa para vê-lo. A enfermeira tinha acabado de sair do quarto quando ela entrou. Kerem estava assistindo TV. Quando a porta  abriu, ele olhou em sua direção de soslaio, e percebendo que era ele, abriu um sorriso genuíno.

— Finalmente veio me ver! — Hande correu para abraçá-lo.

— Eu estava tão preocupada! — Suspirou. Ela se afastou e acariciou o rosto dele — Você precisa se cuidar mais.

— Eu sou uma máquina — Ele segurou o rosto dela para beijá-la. Ainda próximo o suficiente para roçar os lábios no dela, ele disse — E eu funciono bem, a noite toda... — Hande gargalhou e bateu levemente em seu ombro — Você está bem? Daniel voltou a te procurar?

— Não... — Engoliu em seco — Precisa de algo? Precisa de mais travesseiro? Está com frio?

— Eu preciso de você.

As palavras foram certeiras. Ela o olhou com tanto carinho, que pôde sentir que se fosse possível, derreteria. Kerem a olhou com tanto cuidado, tanto amor.

— Preciso sentir seu cheiro, preciso sentir seu calor. Preciso da sua presença — Beijou suas mãos — Quero você perto de mim, sempre.

— Eu não vou a lugar nenhum! — Prometeu.

Hande beijou sua testa com ternura e continuou acariciando seu rosto com longos segundos.

— Eu nunca vou te deixar por querer... — Sussurrou.

 — Sussurrou

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