No outro dia, Hande acordou cedo, e não esperou pelos amigos. Ela se arrumou, juntou os pertences e pegou o carro. Sua pressa foi tanta, que ela ao menos lembrou-se do cinto de segurança, e quando um carro que vinha na direção contrária, parou de forma abrupta na sua frente, ela sentiu o corpo ser jogado para frente, mas se segurou.
— Mas que droga foi essa? — Sentiu o coração acelerar por conta do susto. Ela baixou o vidro da janela e preparou-se para xingar quem quer que fosse, mas sentiu o ar faltar quando Daniel saiu do outro carro — Não...
— Olá, bonitinha — Sorriu. Havia alguma coisa errada naquele sorriso — Eu vou ser direto, antes que seu namoradinho apareça do nada.
— Me deixe em paz, estou pedindo com educação — Ela segurou o volante do carro com força.
— Não precisa se assustar, eu jamais faria nada com você — Seu sorriso foi tão diabólico que ela sentiu vontade de fugir.
— Daniel, me deixe em paz! —Aumentou o tom de voz.
— Eu espero que você me deixe falar, e me ouça com atenção! — Sussurrou de forma ameaçadora, depois de bater no carro com força — Você terminará com ele, não dirá nada sobre o que aconteceu, e voltará para mim, entendeu? — Ela o olhou com a sobrancelha arqueada — Desde que terminamos, meu dinheiro caiu, eu não tenho mais fama. Kerem roubou tudo de mim.
— Ninguém...
— Roubou! — Gritou — Você fará isso, ou seu avó sofrerá as consequências.
— Você não fará nada com ele.
— Quer pagar pra ver? — Levantou ambas sobrancelhas — Está avisada. Como sou bonzinho, vou te dar ao menos um mês para se despedir dele — Hande o observou se afastar.
Ela esperou que ele fosse embora para desabar. Quando tudo isso acabaria?
💥
Maya sorriu para sua cunhada e levantou-se para recebê-la com um abraço forte.
— Como você está? — Hande a soltou lentamente.
— Bem melhor. Kerem está bem, nem parece que passou por tudo aquilo.
— Ele é forte — Sorriu. Maya olhou para ela com um olhar de análise — Que foi?
— Você não me parece bem — Arqueou a sobrancelha — Foi Daniel, não foi?
— Não, não... — Gaguejou.
— Você é uma péssima mentirosa.
— Eu não sou não — Desviou o olhar. Anil se aproximou delas, com um sorriso gentil nos lábios — Oi irmão — O abraçou.
— Oi, meu bem. Tudo bem? — Ela assentiu — Kerem está acordado. Acabei de falar com ele, por que não vai lá?
— Eu só estava esperando a oportunidade — Sorriu de forma animada. Ela acenou para ambos, afastando-se, e entrou no elevador.
Quando as portas se abriram, ela saiu rapidamente, ansiosa para vê-lo. A enfermeira tinha acabado de sair do quarto quando ela entrou. Kerem estava assistindo TV. Quando a porta abriu, ele olhou em sua direção de soslaio, e percebendo que era ele, abriu um sorriso genuíno.
— Finalmente veio me ver! — Hande correu para abraçá-lo.
— Eu estava tão preocupada! — Suspirou. Ela se afastou e acariciou o rosto dele — Você precisa se cuidar mais.
— Eu sou uma máquina — Ele segurou o rosto dela para beijá-la. Ainda próximo o suficiente para roçar os lábios no dela, ele disse — E eu funciono bem, a noite toda... — Hande gargalhou e bateu levemente em seu ombro — Você está bem? Daniel voltou a te procurar?
— Não... — Engoliu em seco — Precisa de algo? Precisa de mais travesseiro? Está com frio?
— Eu preciso de você.
As palavras foram certeiras. Ela o olhou com tanto carinho, que pôde sentir que se fosse possível, derreteria. Kerem a olhou com tanto cuidado, tanto amor.
— Preciso sentir seu cheiro, preciso sentir seu calor. Preciso da sua presença — Beijou suas mãos — Quero você perto de mim, sempre.
— Eu não vou a lugar nenhum! — Prometeu.
Hande beijou sua testa com ternura e continuou acariciando seu rosto com longos segundos.
— Eu nunca vou te deixar por querer... — Sussurrou.
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Quando duas vidas se encontram
RomanceO desaparecimento de Kerem Bürsin chocou seus fãs e familiares. Cansado dos holofotes, ele simplesmente fugiu deixando para trás uma carreira promissora. Quando Hande Erçel soube da notícia não conseguiu não sentir um pouco de inveja. Havia momentos...