Capítulo 31

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Ou você o deixa fora disso, ou ele vai aprender a não se meter em nossos assuntos.

As ameaças de Daniel se intensificaram depois do encontro com Kerem. Inconformado com a situação, com o que ele acabou perdendo por separar-se de Hande, voltou a pertubá-la na tentativa de tê-la outra vez.

Ela suspirou ao ler a mensagem e esfregou o rosto com as mãos. Só haviam duas opções: ser sincera com Kerem e correr o risco de presenciar uma briga feia, ceder as chantagens de Daniel ou tentar convencê-lo a seguir em frente.

— Só tem suco de laranja, amor — Kerem sentou na cadeira, de frente para ela, de forma abrupta.

— Eu não pensei que você me acordaria cedo para tomarmos café de frente para o mar — Disfarçou o susto e escondeu o celular, jogando-o de forma discreta dentro da bolsa.

— Eu acho legal a idéia de manter algo fixo no sábado, você não acha? Por exemplo, tomarmos café aqui. Seria o nosso lugar especial, como na fazenda — Disse, enquanto acariciava os dedos finos da mulher à sua frente.

Kerem a fitou com cuidado. Ela não parecia estar tão feliz quanto ele.

— O que foi? Eu fiz ou disse algo errado?

— Não! — Se apressou em responder — Você não fez nada de errado. Absolutamente nada.

— Então o que há? Qual o problema? — Ela se calou, abaixando o olhar , envergonhada — Você sabe que pode contar comigo, não sabe?

— Sei que sim — Sorriu de forma discreta.

— É o babaca do seu ex, não é? Ele está te perturbando outra vez.

— Kerem...

— Não foi o suficiente alertá-lo — Cerrou os punhos, irado — Não foi o bastante tudo que ele te fez, agora ainda precisa assediá-la.

— Kerem, por favor, tente se controlar.

— Controlar? Ele está te ameaçando, Hande. Você sabe o quanto isso é grave?

— Deixemos ele para trás. Ele não fará nada.

— Do jeito que a dupla dinâmica nos odeia... Conversarei com Anil sobre a necessidade de termos seguranças.

— Amor...

— Não adianta, esse tópico está encerrado! — Hande suspirou — Venha, vamos encontrar seu irmão — Ele segurou a bolsa dela e estendeu a mão para ajudá-la a levantar.

Depois de pagar a conta e agradecer aos funcionários pela gentileza, ambos saíram tranquilamente. Alguns fãs esperavam por eles na saída, e foram atendidos de forma educada. Já próximo ao estacionamento, haviam dois homens rodeando o carro de Kerem. De longe, eles podiam ser vistos cochichando enquanto observavam o automóvel.

— Quem são?

— Eu não faço idéia, mas não acho seguro irmos lá e muito menos entrarmos.

— Estou ficando com medo, Kerem — A voz trêmula denunciara seu pavor.

Daniel por algumas vezes mostrou ser possessivo e agressivo. Mas nada que a fizesse pensar que estaria em perigo, até o presente momento. Suas mãos frias foram agarradas pelas mãos de Kerem, que as apertou.

Quando duas vidas se encontram Onde histórias criam vida. Descubra agora