Capítulo 4

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Hande suspirou ao dar-se conta que não conseguiu dormir como deveria. Ela fechou os olhos e suspirou profundamente. Apesar do cansaço mental, e físico, ela estava começando a desprender-se das amarras do passado. Mas lembrou-se da data. Lembrou-se que nesse mesmo dia, a sua melhor amiga partiu. Então, antes que pudesse levantar, ela fechou os olhos e deixou que três lágrimas caíssem. O acordo foi não lembrar, não chorar, não se isolar. Burak não permitiria. Então ela não deixaria que seu avô a visse abalada.

Hande olhou para a cômoda ao lado de sua cama, quando o celular começou a vibrar. Ela esticou o braço rapidamente e o pegou, sorrindo ao ver que Anil estava ligando.

— Oi! — Sorriu. — Esqueceu que tinha uma irmã?

Perdo-me, mas aqui está uma loucura. Eu ao menos posso sair de casa, que os paparazzi estão te procurando a todo instante. Ela suspirou junto com ele. Anil parecia cansado. — Como você está? Tudo bem? Vovô está te tratando bem?

— Está sim. Está tudo bem por aqui. Adivinha quem conheci? — Ela lembrou-se da noite anterior.

Quem?

— Kerem, e a irmã gêmea dele, Maya.

Kerem? Hande teve 100% de certeza que seu irmão franziu a testa e esbugalhou os olhos. Ouvi boatos que ele estava na França.

— Mas está aqui. Eu almocei na casa dele ontem.

Huum — Ela conseguiu captar o sorriso sugestivo e ignorou. Ele é legal como dizem? Se falei com ele, não foi mais que duas palavras.

Muito. E a irmã dele, Maya, disse que te conhece do mundo da arquitetura.

Não me lembro dela.

— Quando você vem? Estou com saudade.

Pretendo chegar ai no fim do mês. E antes que eu me esqueça, você ganhou. — Ela esbugalhou os olhos e colocou a mão sobre a boca. Você ganhou o prêmio de melhor atriz. Parabéns.

— Uma pena não poder receber o prêmio.

Você vai recebê-lo, não se preocupe.

— Não demore de vir.

Logo logo estarei , eu te prometo. Preciso ir, papai chegará daqui a pouco para me xingar por esconder sua localização. Eu te amo! MUITO! Ela sorriu.

— Eu também te amo. — Hande suspirou ao desligar e olhou a vista da janela de seu quarto.

Tudo parecia normal. O pessoal estava trabalhando, algumas crianças corriam pelo campo, Burak estava dando comida aos porcos, e por coincidência, ou não, Engin estava encarando-a de longe. Ele colocou a mão sobre o chapéu, tirando-o, para cumprimentá-la. Ela não se sentiu confortável e puxou a cortina.

Uma mensagem a fez voltar a atenção, de novo, para o celular. Era de Melo.

Passando para dizer que te amamos, e que sua mãe estaria orgulhosa. Parabéns pelo prêmio, estrelinha. Melisa também está te parabenizando. Logo logo nos veremos. 🌼

Quando duas vidas se encontram Onde histórias criam vida. Descubra agora