Capítulo 19

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Hande abriu os olhos quando a luz do sol adentrou as janelas do seu quarto. Ela fitou o teto e sentiu o coração pesar ao lembrar-se de sua mãe. Nora parecia ter partido e levado consigo metade de seu coração.

Contra gosto, levantou-se sentindo o corpo lutar para permanecer deitado, e foi para o banheiro. Seu banho foi demorado, e quando saiu e se vestiu, sentou na cama para ler as mensagens.

Melo
Amiga, estamos considerando te visitar. Podemos?

Pai
Eu espero que saiba o que está fazendo com a sua carreira. Seu egoísmo maldito nos levará à falência!

Ela respirou fundo e fechou os olhos. Não era segredo para ninguém que aquele homem se importava mais com a fama e com o dinheiro, que com os próprios filhos. Ela decidiu ignorá-lo e respondeu Melo.

Kerem
Bom dia. Posso te ver?

Claro.

Hande bloqueou a tela do celular e desceu para tomar café. Ela encontrou Burak e Anil sentados, admirando o troféu, enquanto Ayfer lavava a louça.

— Bom dia! — Disse, sorrindo — Quando vão parar de olhar pra isso?

— Eu simplesmente não posso. No meu escritório existem mais prêmios desse — Burak estufou o peito, orgulhoso.

— Sinto te dizer, vovô, que dessa vez eu ganhei. Então levarei ele comigo — Burak o olhou como se quisesse matá-lo.

Ayfer se virou e os encarou com a sobrancelha arqueada.

— Estão parecendo crianças.

— Qual é, vô. Você tem mais desses, o que custa deixar comigo?

— O que você vai me dar?

— O que você quer? — Burak pareceu pensar.

— O seu carro.

— O que? — Ele fez um O com a boca.

— É o preço — Deu de ombros.

— É só um troféu! — Protestou.

— Você tem mais carros do que posso contar — Semicerrou os olhos.

Hande sorriu e abraçou Ayfer.

— Bom dia, menina. Está tudo bem?

— Tudo bem, e você?

— Eu também — Sorriu.

Hande pegou um pedaço de bolo de laranja, bebeu um pouco de sujo enquanto assistia a discussão, e ao terminar, voltou para o quarto para escovar os dentes.

Depois, ela foi para o estábulo. Haviam boatos de que a água mais bonita de Burak teria um filhote logo logo.

— Bom dia, dona! — Engin se aproximou dela, silenciosamente, assustando-a.

Hande lembrou do aviso de Kerem e sentiu um frio na espinha.

— Bom dia.

Quando duas vidas se encontram Onde histórias criam vida. Descubra agora