Kerem apoiou o braço na janela enquanto dirigia. Haviam dois caminhões na sua frente.
— Você sabe que consegue ultrapassar, não é? — Maya suspirou, já mostrando estar estressada.
— Estou esperando o momento certo — Respondeu, sem ânimo.
Apesar de estar concentrado na estrada, ele simplesmente não conseguia tirar Hande da cabeça, que estava no banco de trás, com o irmão. As vezes ele conseguia olhar para ela pelo retrovisor, sendo pego na maioria delas.
— Que tal uma parada? Para estirarmos as pernas — Anil propôs — O pessoal já deve ter chegado em casa, e nós estamos na estrada faz horas. Eu preciso ir no banheiro.
— Já estamos chegando, Nil. Espere um pouco — Hande colocou a mão sobre o ombro do irmão.
Kerem bufou e ultrapassou um dos caminhões. Maya o olhou de soslaio, notando que ele também estava estressado. Depois de ultrapassar o outro caminhão, ele parou num posto de gasolina próximo e foi ao banheiro, enquanto Anil abastecia o carro.
Maya e Hande entraram no mercadinho para comprar alguma coisa para comerem.A ruiva ajeitou o óculos escuro e se aproximou dela.
— Hande? — Ela a olhou — O que há entre você e meu irmão? Vocês parecem... tensos.
— Acho que só é a vergonha do que aconteceu — Deu de ombros. Seu desconforto evidente mostrava que ela não estava disposta a continuar a conversa — Estou com uma sensação ruim.
— Que sensação?
— Eu não sei explicar, é ruim — Suspirou.
— Está tonta? — Hande negou.
— Meninas, vamos — A voz de Kerem soou.
Elas foram até o caixa, pagaram pela compra e voltaram para o carro. Dessa vez, Anil foi dirigindo e Kerem do seu lado. Ambos estavam calados. Maya olhou para Hande com a sobrancelha arqueada.
— Tudo bem? — Questionou.
— Está sim — Responderam em uníssono.
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Ao chegar na fazenda de Burak, notam um acúmulo de pessoas na entrada. Alguns carros também estão parados por lá. Hande estranha a multidão e é a primeira a descer do carro. Anil gritou por ela, mas de nada adiantou.
Quando ela conseguiu entrar, viu seu avó sendo colocado sobre uma maca, e a ambulância, simples, esperando-o. Ela se desesperou e correu para se debruçar sobre o avô, que estava desacordado.— Vovô, Vovô! — Dizia, em meio às lágrimas — Vovô, acorde! VOVÔ! — Anil correu para alcançá-la.
Ele foi colocado dentro do automóvel e Maya se ofereceu para ir com ele. Anil abraçou Hande com força, beijando sua testa.
— Fique calma, por favor. Se acalme — Segurou as lágrimas — Vou te deixar com Kerem, tudo bem? Me diga que está bem, diga — Ela assentiu.
Anil pediu para que todos saíssem da propriedade, pegou as chaves do carro de Kerem, e seguiu a ambulância. Hande abraçou o próprio corpo e voltou a chorar compulsivamente, até sentir braços fortes rodeando-a. Kerem estava lá, outra vez, para salvá-la.
— Vai ficar tudo bem, eu prometo — Depositou um beijo cálido sobre sua testa, apertando-a mais — Que tal entrarmos?
— Não quero ficar aqui. Não quero ver as fotos da minha mãe, eu não quero — Disse, com a voz embargada.
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Quando duas vidas se encontram
RomanceO desaparecimento de Kerem Bürsin chocou seus fãs e familiares. Cansado dos holofotes, ele simplesmente fugiu deixando para trás uma carreira promissora. Quando Hande Erçel soube da notícia não conseguiu não sentir um pouco de inveja. Havia momentos...