Capítulo 16

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Bônus Kerem

O dia do festival finalmente chegou, mas eu não estava nem um pouco disposto. Olhei para o relógio, que marcava 05:45 da manhã, e suspirei. Fechei os olhos e não consegui evitar. Hande invadiu meus pensamentos. Pensar nela já estava fazendo parte dos meus dias, e eu já não suportava mais lidar com esses sentimentos.

Como se não bastasse, Théo estava decidido a conseguir sair com ela. Só a possibilidade estava me deixando maluco.

E se ela aceitar? Se ela gostar dele?

Eu acabei percebendo que "E se" tem castigado meus pensamentos constantemente. Eu estava tão cansado.

Saí de meus devaneios ao ouvir o som da notificação de mensagem. Era ela.

Hande
Bom dia!!!! Estou pronta. Posso ir com vocês? Anil não está aqui.

Eu preferi não responder de imediato. Estava confuso demais. Se eu pudesse voltar no tempo, não a tinha beijado.

Aquele maldito beijo...

O que essa mulher estava fazendo comigo? Eu não conseguia tirá-la da cabeça.

De repente, a imagem dela sorrindo para Théo surgiu em meus pensamentos. Fechei os olhos e me levantei para tomar banho, torcendo para que os pensamentos fossem dispersos com as gotas de água.

Quando saí, ouvi o som da notificação de mensagem outra vez. Suspirei e caminhei lentamente até o meu celular. Era ela.

Hande
Théo está aqui. Você e Maya virão? Anil acabou de chegar, faltam vocês.

Suspirei e decidi não responder. Ao menos era o que eu queria fazer, mas não podia descontar nela a minha raiva. Isso tudo é culpa minha. Exclusivamente minha. Fui eu quem a beijou, e a brilhante idéia de trazer um amigo tirado a Romeo para perto dela, também foi minha.

Segurei o celular com força e respirei fundo ao digitar.

Como assim Théo está ? Ele não me avisou.

Hande
Eu não posso te responder essa pergunta.
Está tudo bem?

Franzi a testa ao notar a rapidez da sua resposta.

Por que não estaria?

Hande
Você me parece diferente. Pode falar comigo se quiser.

Você está enxergando coisas. Preciso me arrumar. Vejo vocês .

Bloqueei a tela do celular e o joguei sobre a cama. Pela ausência do som da notificação, ela não me respondeu. Também, por qual motivo faria isso? Acredito que eu nunca tenha agido assim com ela.

Maya bateu na porta de forma discreta.

— Entra! — Gritei depois de vestir a calça. Ela abriu a porta, mas não entrou. Continuou atrás dela, de modo que eu só podia ver sua cabeça — Bom dia.

Quando duas vidas se encontram Onde histórias criam vida. Descubra agora