Capítulo 12

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Kerem abriu os olhos devagar e olhou para o relógio pendurado na parede, a sua frente. Era exatamente 05:40 da manhã. Ele esfregou o rosto com a mão desocupada e suspirou.

Maldito relógio biológico.

Hande estava do seu lado, deitada sobre seu braço, encolhida. Ele a olhou e sorriu. Num ato inconsciente, Kerem deslizou o indicador pelos lábios de Hande, para depois acariciar sua bochecha. Ele suspirou profundamente e decidiu se afastar.

— Hande? — Sussurrou — Hande, acorde! — Ela abriu os olhos devagar e sorriu — Você quer visitar seu avô?

— Eu posso? — Esbugalhou os olhos.

— Pode — Ela assentiu e se afastou abruptamente — O que foi?

— Estamos com bafo — Fez uma careta ao levantar. Ele sorriu — Vou tomar um banho.

— Vou fazer o café da manhã.

— Não é justo! — Cruzou os braços em protesto — Você sempre faz o café da manhã, agora é a minha vez!

— Então tome banho rápido.

— Pode deixar — Ela subiu as escadas com pressa e ele continuou no mesmo lugar.

Kerem deitou a cabeça no sofá e fitou o teto. Ele sorriu ao lembrar-se do seu primeiro encontro com Hande, da sua pureza, do seu jeito doce.

Seus devaneios foram interrompidos quando seu celular tocou. Ele atendeu assim que viu a foto de Anil aparecer na tela.

— Anil! Como está?

Apesar do susto, vovô está bem. Ele precisa de certos cuidadosKerem se compadeceu ao escutá-lo suspirar de exaustão — Hande está bem?

— Ela está no banho. Não demorou muito para pegar no sono.

— Obrigado por todo apoio que vocês têm nos dado, mesmo com pouco tempo de convivência.

— Não me agradeça!

Maya quer falar com você.

Demorou pouquíssimos segundos para que ele escutasse a voz da irmã gêmea.

— Oi maninho, como você está?

— Estou um pouco cansado, e você? Comeu?

— Estou bem. Passei a noite tentando conter algumas fofocas.

— Me desculpe por todo trabalho que tenho dado a nossa equipe — Ele suspirou.

Você passou muito tempo se privando de viver para nos ajudar a te esconder. Nada mais que justo você errar um pouquinho , não é? — Ela deu ênfase a "pouquinho" — Preciso desligar, mas eu te amo!

— Eu também te amo — Ele escutou a voz de Anil no fundo e então a ligação foi encerrada.

Hande desceu as escadas e ele decidiu levantar para tomar banho.

Depois de um café reforçado e de uma conversa descontraída, ambos decidiram ir para o hospital. Era um pouco distante, então isso significava mais tempo a sós. Apesar de toda facilidade que tinham em conversar, algumas vezes o clima voltava a ser tenso, como no processo pós beijo.

Quando duas vidas se encontram Onde histórias criam vida. Descubra agora