Capítulo 43

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O helicóptero pousou não muito longe do hospital, onde uma ambulância aguardava por Hande, Anil e Kerem. Maya abraçava o próprio corpo, enquanto observava os policiais se movendo com agilidade, para auxiliar Kerem a descer. Ela observava Hande e Anil, ambos desmaiados, serem colocados sobre a maca por Léo e enfermeiros, para finalmente entrarem na ambulância.

Maya correu para agarrar o irmão, que não conseguiu segurar as lágrimas, abraçando-a com força. Dylan apertou os lábios, enquanto olhava para seu melhor amigo. Ele só conseguiu pensar no quanto seria difícil para ele se reerguer dessa vez.

— Calma, irmão! — Pôs a mão sobre o ombro de Kerem, apertando-o — Eles ficarão bem.

— Xii! — Maya acariciou o irmão, enquanto tentava ser forte — Eles estão bem, irmão — Kerem a abraçou com mais força, enquanto seu choro se intensificou.

Dylan suspirou, afastando-o dela. Kerem o olhou assustado, mas ele apenas abriu os braços, o convidando para um abraço. Imediatamente, Bürsin correu para ele, como um irmão mais novo busca abrigo nos braços do irmão mais velho. Eles ficaram assim por longos minutos, até que os demais se aproximaram. Melisa e Melo estavam aos prantos, enquanto os observava.

🌥

— Está quentinho — Melo entregou a Kerem. Era um copo descartável com café. Ele a olhou e sorriu, sem exibir os dentes. Ela pigarreou, e olhou para Hande, que estava deitada, ainda inconsciente — Não acha melhor descansar? Posso ficar com aqui.

— Não sairei daqui.

— Ainda não foi ver Anil, ele já acordou da cirurgia.

— Já? — Esbugalhou os olhos — Mas, ele acabou de subir para o centro cirúrgico... — Disse, sussurrando para si mesmo.

— Kerem, já faz mais de vinte e quatro horas que você está aqui, imóvel, enquanto olha pra ela — Ele sentiu o peso das palavras. Seu cunhado havia salvado sua vida, e ele só pensava em Hande.

— Falarei com ele — Colocou o copo com café sobre a mesa — Ficará com ela? — Melo assentiu.

Kerem a olhou uma última vez, quando se levantou e saiu. Ele fechou a porta, encostando a testa na mesma. Seus olhos se fecharam e, com um suspiro longo, ele se afastou do quarto. Mesmo que seu corpo não quisesse.

— Ela está segura. Ficará bem — Dizia para si mesmo, enquanto ia ao encontro de Maya, que estava no final do corredor. Ela estava falando com alguém no celular, mas quando o viu se aproximar, encerrou a ligação — Anil está acordado?

— Sim, Dylan está com ele.

— E Léo?

— Ele foi almoçar, ainda está de plantão — Kerem assentiu — Como você está? — Agarrou a mão do irmão gêmeo, que estava extremamente fria, por sinal — Dizem que quando nossas extremidades estão frias, é porque nosso corpo está em modo de sobrevivência — O olhou com pesar — Ela está bem, acabou — Sussurrou.

— Será? Será que Daniel e Engin não tem cúmplices? Será que ela está realmente segura? Será que você está segura? Vocês? Estou cansado disso tudo — Disse, exasperado — Tudo foi muito difícil, desde o início. Por que isso nos acontece?

— Amor, está tudo acabado. Daniel está preso, Engin está em estado crítico no hospital, e caso sobreviva, vai preso. Eles não tem mais cúmplices. A polícia está investigando e nós temos seguranças disfarçados pelo hospital. Respire — O olhou com súplica. Ela não queria que seu irmão vivesse apreensivo — Vá ver seu cunhado — Se afastou da porta para que ele pudesse entrar.

Quando duas vidas se encontram Onde histórias criam vida. Descubra agora