25 - Descoberta

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                               Melissa

                             Descoberta

Do Latim discooperio, -ire, descobrir, pôr a descoberto, destapar.

Significado:

Ação de descobrir, de remover o que protegia, ocultava; descobrimento.

Feito histórico que marca a conquista, dominação ou exploração de um território desconhecido.

Ação de achar o que ninguém havia encontrado antes.

Aquilo que se inventa, cria, invenção, criação.

O que se experimenta, vivencia pela primeira vez.

Descoberta é o que se vivencia pela primeira vez. Sim! E eu jamais imaginara que vivenciaria um misto de estresse, diversão, curiosidade, carinho, zelo e proteção naquela noite, e tudo começou quando Margot e Estrelícia me seguiram até o lavabo do restaurante.

— Você fala de Melissa, mas se ouriçou ao falar de Chase — Margot alfinetou estendendo o assunto anterior.

— Eu fiz foi admirar um espécime masculino da melhor qualidade, e apenas perguntei: vai dizer que nunca pensou nos dotes de Chase? E foi você quem confessou ter pensado nele de modo impróprio, Margot. Quanto à Melissa, ela devorou e cobiçou o homem de uma maneira como eu nunca cobicei homem algum — Estrelícia proferiu, e suas palavras fizeram o mundo ao meu redor parar.

Mamãe se enganou, a beleza de Chase realmente atrai minha atenção, porém, ele não me atrai fisicamente, afiancei espantando os pensamentos em relação aos seus dotes sexuais.

— Chase é pai do meu amigo, nada além disso — determinei pensando que o assunto findaria.

— E desde quando ser pai, irmão, primo ou amigo, impede nosso coração de se apaixonar? Se fosse assim, eu teria me apaixonado pelo homem certo — Estrelícia me contrapôs.

— Sabe, quando beijei pela primeira vez e falei que me casaria com o garoto, você disse que eu teria muito o que viver ainda, pois não fizera nenhuma merda, nada parecido como se apaixonar por um cara proibido. — Margot riu miseravelmente.

— Tem razão, Margot, eu me apaixonei pelo proibido...

Estrelícia pausou sua afirmação, e contemplativa, olhou a parede.

— Irmã, você ainda é apaixonada por aquele covarde?

— Estou atada a ele por um elo que de maneira alguma me arrependo de ter. — Estrelícia me olhou, e não negou a pergunta da irmã, apenas aconselhou: — E deixa isso quieto, se mexemos em merda seca, ela volta a feder. Mas se ela voltar a feder, te contarei tudo, eu sempre conto. Você é minha ouvinte e conselheira mor. Fora que o que está em jogo, é a primeira paixão da nossa menininha — Estrelícia discorreu sisuda, mas gracejou ao encerrar o discurso.

— Melissa é apaixonada por Dale — contrariou Margot batendo os cílios como que absorvendo as próprias palavras.

Não neguei a informação, na real, agradeci pela ajuda.

— Dale? Impossível! Melissa jamais gostou dele, se você tivesse falado do Théos..., mas enfim, eu conheço os gostos da minha filha. Ela negará, é claro que negará, porém, seu material inflamável queimará no momento em que o isqueiro de Chase Larkin acender. Se é que me entendem... — Mamãe piscou e sorriu levianamente.

— Mãe!

— Deixa de ser chata, Mel! Você tem necessidades como qualquer mulher, e ainda tem o bônus: fez dezessete, e não engravidou. Você usa preservativo, toma pílula, e é discreta nos seus casos, quer dizer, no seu caso.

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