59 - Prelúdio

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                               Melissa

                              Prelúdio

Do Francês prélude.

Significado:

Passo inicial para; ação preliminar que antecede um realização.

Etapa inicial para o desenhou para a resolução de alguma coisa.

Sinal do que tende a ocorrer; prenúncio.

Que se faz para experimentar um instrumento ou a própria voz.

Obra musical que se utiliza como introdução a outra, podendo esta ser representada isoladamente.

Texto introdutório e explicativo sobre uma obra literária; prólogo.

Saí do cômodo requintado e desci a escada a esmo, passei pelos cômodos, inclusive pela sala estilo Luís XV, sem absorver a magia do ambiente como fizera anteriormente. Eu não era familiarizada com a casa de James, sendo assim, parei num corredor que terminava num lugar desconhecido.

Expeli o ar dos pulmões ruidosamente.

Esquadrinhei o local e tentei analisar as obras de arte na parede, não consegui, e mais uma vez divaguei sobre minha trajetória.

Eu tivera um texto introdutório, uma etapa inicial de desenvolvimento, o chamado para a aventura, a recusa do chamado, enfim, quase toda a jornada do herói. A definição do prelúdio da minha história fora meu encontro com Chase no supermercado, o desenvolvimento, minha interação com ele, e o chamado para a aventura, os beijos e carícias que trocamos. E não, eu não fora uma heroína, fora apenas uma garota que vivera fora da bolha nos meses seguintes após conhecê-lo.

Eu me acostumara a tê-lo comigo, e ao passar dos dias, não atentara que tudo estava muito bom para ser verdade. E jamais imaginaria que o que eu vivera no ano anterior e no final dele, seria mais um prelúdio na minha vida, o prelúdio da minha desgraça. E eu tentei fugir desse prelúdio, de Natalya, de Chase, de Isobel, dos Sempsen em geral, e de todas as desventuras que eles traziam para minha vida, mas infelizmente não alcancei meu objetivo.

— Você ainda não entendeu que não brigarei por macho, não é, Natalya? — Regressei a mirada para a jovem Sempsen ao sentir sua presença opressora, e ao vê-la, recuei alguns passos.

— Não estamos brigando, somente colocando em pratos limpos nosso ponto de vista — rebateu me retendo pelo antebraço.

— Já entendi que Chase te escolheu. Você é a oficial, eu fui apenas um caso. Sempre que você está no meio, fico com a parte ruim, foi assim na época que chamei Isobel Sempsen de vovó. Mas aprendi a lição, Natalya, portanto não quero ser sua “amiga”... Me deixe no meu canto, e faça bom proveito do seu noivo — repeti tentando me desvencilhar.

— Desde criança faço bom proveito de Chase, Mel. Ele até me deu uma aliança. E te contei sobre o noivado porque não quero que te maldigam — cantou num tom falsamente adocicado. Natalya usou a mão livre para alcançar meu outro braço, e sem ânimo, me deixei prender. — Eu sei as preferências de Chase no sexo, o clube é o lugar onde se solta e põe o homem rude que há nele para fora. E eu prefiro que ele seja bruto, mas ao vê-lo cuidando de você, senti que o perderia...

Tentei ser forte colocando um bloqueio no meu coração com uma chapa escrito: não me importo. Mas ao ouvir sobre as preferências de Chase, e isso mostrava o quão Natalya o conhecia intimamente, e ele mentira para mim, meu bloqueio despedaçou.

— Mel, por favor, não chore...

— Você é uma vadia invejosa! — Me desvencilhei e a empurrei.

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