58 - Artilharia

2 1 1
                                    


                              Melissa

                            Artilharia

Do Francês artillerie.

Significado:

Uma das armas principais dos exércitos de terra e mar, encarregada da manipulação dos projéteis e de seus meios de lançamento.

Reunião dos materiais de guerra.

Corpo dos artilheiros; fogo lançado pelas peças de artilharia.

Meio violento de ataque, ou de defesa numa discussão, ou qualquer outro meio (debate, conversa, etc).

Conjunto dos atletas que, no futebol, jogam no ataque.

Ciência que se dedica ao estudo da utilização de armas, de material de artilharia.

Expressão:

Artilharia de campanha. A que apoia a infantaria e os blindados no ataque.

Artilharia pesada. Artilharia de grosso calibre.

A cada dia iniciado eu usava mais palavras do meu repertório para definir os acontecimentos da minha vida.

E naquela noite ao adentrar a casa de James eu usara uma: a comunhão. A comunhão acabara, e a incongruência entrou em ação. Contudo, não usei a incongruência como definição, e nenhum dos seus sinônimos, usei a palavra artilharia, pois foi como Chase veio a mim naquela mesma noite.

— Desde que cheguei nessa festa, eu tentei falar contigo. Nós bebemos; comemos; socializamos; e durante esse tempo, suportei seus olhares acusatórios. Afinal, que porra eu te fiz? — Chase proferiu irritado ao se por ao meu lado como se o incidente na sala não tivesse acontecido.

Eu me posicionara próximo a um aparador onde tinha a visão dos convidados de James, escondida o suficiente para passar despercebida, mas Chase me achara. Infelizmente devido aos devaneios, não percebi a chegada dele. E ele tinha razão, eu o desprezara a noite toda.

— Candice não teceu elogios a você, agora sei que ela estava me alertando a não entrar numa furada — vomitei entre os dentes.

— Não fui nada diferente do que Can falou. Fui realista, sincero, te ajudei nos momentos que precisou de mim, e principalmente te respeitei. Fiz tudo que você quis, e fui o que precisou que eu fosse, sem te forçar a nada. — Ele pôs sua taça de conhaque sobre o aparador de madeira de ébano com um pouco mais de força que o necessário. — E seu problema comigo não tem a ver com a opinião de Candice, tem a ver com a sua. O que eu fiz, Melissa? O quê mais você quer de mim?

— Eu quis respeito, fidelidade, e isso você não me deu, agora, quero distância de você. Mas podemos ser civilizados. — Sorri demonstrando o quão civilizada era.

— Do que você está falando? Você está me acusando de ser infiel?

— Explique-me, o que frequentar o Submundo enquanto sua namorada viaja, noivar com uma mulher estando com outra é, Sr. Larkin. É infidelidade ou não? Vendo por outro lado, sua infidelidade não foi para comigo, e sim com sua noiva, afinal a sociedade desconhece nosso relacionamento... Aproveitando o assunto, colocando uma pitada de competição, misturando com síndrome do macho alfa, você e Kent brincaram de me disputar? — Interroguei petulante.

Labaredas de raiva arderam nos olhos âmbar de Chase tanto quanto nos meus.

Era um fato, eu estava possessa de raiva dele, de Natalya, e principalmente raiva de mim mesma por ser uma trouxa iludida.

Não, iludida não, pois você relutou em tornar público seu relacionamento com Chase.

Sinal de que ele não é o cara certo para você.

 No Próximo Verão Onde histórias criam vida. Descubra agora