FAIXAS

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Durante o intervalo, consegui escapar das meninas por um tempo e fui em direção as cabines do banheiro feminino pra conseguir ficar sozinha.

Precisava descobrir sobre aquela mulher que tava minha mente e se ela era tão importante quanto disse, devia estar nas notícias do Japão. Se ela não iria me contar quem era, eu teria que descobrir por mim mesma. Nenhum lugar melhor do que a internet pra isso.

"KIMIKO HATTORI, conhecida atualmente como um dos maiores perigos do Submundo de Musutafu, usuária de uma individualidade incrivelmente poderosa, através de sua telecinese deixou mais um caminho de sangue nas últimas noites. Os corpos de inúmeros de criminosos foram encontrados em becos da zona oeste da cidade. A suspeita é que seria uma caçada aqueles a quem a vilã despreza, como vem acontecendo com muitos outros nos últimos meses. A grande heróina Nana Shimura já mobilizou mais esforços para a captura da assassina"

Havia inúmeras outras reportagens sobre ela, seus crimes e suas lutas com a antiga heróina Nana, mas muitas também diziam sobre o seu desaparecimento repentino da sociedade de heróis. As poucas fotos que havia dela a mostravam como uma mulher jovem, de longos cabelos pretos, que sempre estava com um olhar ameassador.

"Que ótimo. Tem uma vilã morando de graça na minha cabeça"

Eu não entendia o por quê de ter sido eu a herdar o poder dela e não fazia sentido se ela era uma desconhecida que havia vivido há anos atrás. Teria que arrancar isso dela depois, pois precisava voltar.

Durante as aulas na sala, eu nem prestava atenção direito e acabava passando meu tempo rabiscando desenhos aleatórios no caderno entediada, pois muitas das matérias eu já entendia de algumas aulas que tive quando era mais nova.

À tarde, depois do almoço, tinhamos treinamento de heróis, onde o professor Aizawa insistia que eu melhorasse meu desempenho em grupo, o que ainda era um desafio pra mim, já que eu preferia trabalhar sozinha.

Durante meus dias na UA, comecei meu treinamento extra com a Midnight. Ela tinha um traje de heróina bem ousado pra uma professora. E também era bem legal comigo, mas ainda pegava pesado usando outros professores pra melhorar minhas habilidades.

Present Mic era o pior deles. A individualidade dele não me permitia me concentrar na minha telecinese e ainda me deixava com uma bela dor de cabeça depois por causa dos gritos.

Um dos meus treinos que me deixava mais animada era com o Snipe, um dos Pro Heros e responsável pelo terceiro ano e especialista em pontaria, porque me lembrava do meus treinos com a minha mestra, suas individualidades acabavam bem sendo parecidas.

"Mais eu ainda acho ela melhor, sem querer ofender"

Saber daquela informação que Kimiko deu sobre meu poder estava me permitindo usar uma nova forma de lutar. Se eu conseguisse me concentrar pra valer, podia separar a névoa da telecinese, desse modo, não me cansaria tão rápido e poderia melhorar ainda mais a luta frente a frente com algum oponente. Me fazia ficar mais rápida, forte e com reflexos bem mais aprimorados, mas que ainda era algo novo que eu tinha muito que aprender.

Também comecei a visitar a Recovery Girl com mais frequência e sempre saia de lá com algum doce na boca.

Mesmo que parte do meu poder tivesse sido dado pelo All for One pra Kimiko, como ela disse, eu também não conseguia reconhecer uma parte dele em algum dos meus colegas. E eu realmente tava tentando. Me aproximava deles, mas não sentia nenhum vestígio de sensação parecida com a minha.

Por eliminação, a individualidade da Hagakure, sua invisibilidade, fazia com que ela se tornasse uma suspeita em potencial, mas sem provas concretas, suposições seriam inúteis.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐌𝐄 - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐈. 𝓚𝓪𝓽𝓼𝓾𝓴𝓲 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸𝓾 Onde histórias criam vida. Descubra agora