SHIORI SUZUKI

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Shiori Suzuki, 10ª Capitã da Divisão de Inteligência da antiga Comissão de Segurança Pública de Heróis.

A frieza em pessoa, era sussurrado pelos cantos em que ela passava.

Sua individualidade não era considerada perigosa, mas ela estava disposta a tudo para cumprir suas funções.

Alguém obediente e sem medo das consequências de suas ações.

Mas a mulher com olhos de raposa e mente fria escondi dentro de si um coração despedaçado com suas dores e arrependimentos.

Eu tenho trinta e cinco anos.

Sinceramente, mal posso esperar para me aposentar. 

Eu tenho que ser a tutora de um jovem com quase dezoito anos, preciso cuidar de um departamento de agentes do governo, além de missões de diversos heróis pelo país e dezenas de homens tentando me intimidar ou acabar com a minha carreira. 

Mas nenhuma dessas coisas me cansa tanto do que ter que lidar com a minha sobrinha e as diversas surpresas que ela me causa. 

Quando a Comissão ficou com um pé atrás na decisão da UA de que não havia um infiltrado, foi o Hawks que me convenceu que deveria ser a Akira quem devia achar o suspeito. Eu deveria saber que aquele pássaro idiota só queria que a pupila pudesse ter alguns meses como uma garota normal, mas só pensei como seria bom ter ela longe de mim. 

A coisa com a Akira é que eu não consigo olhar pra ela sem lembrar do rosto daquela mulher. Eu ainda tenho uma cicatriz no canto da testa onde ela bateu minha cabeça na porta da primeira vez que nos vimos, só me lembro de olhar para aquela mulher e pensar que as fotos que haviam dela nos jornais não faziam jus a beleza que tinha. 

Gritei tanto com o Kiichi naquele dia. 

Eu gritei tanto sobre como ele tinha jogado todos os anos de trabalho duro e sobre como ele pôde deixar algo como aquilo acontecer… Eu sabia que no exato momento em que ele me fez jurar não revelar tudo para a Comissão que nada daquilo acabaria bem.

Um ano depois meu irmão foi morto pelo All For One, encontrado junto com o corpo da Hattori. 

Eu já tinha me tornado a Capitã da Divisão de Inteligência naquela época, mas quem conduzia as investigações era o departamento de polícia, principalmente o detetive Tsukauchi. Quando descobriram o motivo da morte deles, virou a corrida do século para achar a garota, mas a minha mente só queria desaparecer. Eu havia perdido meu irmão, porque deveria me preocupar com toda aquela merda?

Quando a Lady Nagant trouxe a garota pra Comissão após o resgate, meu corpo inteiro parecia pegar fogo por dentro no momento em que bati os olhos nela. 

Por oito anos malditos, meu corpo teve que lidar com essa mesma sensação.

Por oito anos, ela abaixou a cabeça quando estava na minha presença. 

Por oito anos, eu só conseguia enxergar a Kimiko Hattori naquela garotinha.

As coisas viraram de cabeça pra baixo tão rápido que nem minha individualidade conseguiu prever aquilo. 

Quando eu fui ver a Mirko pra repassar mais uma missão da Comissão, eu a vi depois de alguns meses. Tenho que admitir que deveria ter percebido o distanciamento dela com nosso departamento quando os relatórios dela começaram a ficar vagos e sem nenhuma nova informação, já que meus colegas sempre elogiavam a rápida evolução e cumprimento das missões que ela recebia.

__ Nova estagiária? - perguntei a Mirko curiosa com a resposta dela.

__ Sim, pupila do idiota do hawks, uma gênia nata se quer saber, mas não diga à ela que falei isso, não quero que fique convencida como aquele pássaro idiota - respondeu enquanto lia os arquivos e jurei que vi a ponta de um sorriso nos lábios dela - Acredita que ela não quer usar a individualidade nos criminosos com medo de machucá-los?! 

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐌𝐄 - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐈. 𝓚𝓪𝓽𝓼𝓾𝓴𝓲 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸𝓾 Onde histórias criam vida. Descubra agora