𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐌𝐄 - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐈. 𝓚𝓪𝓽𝓼𝓾𝓴𝓲 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸𝓾

DIGA QUE AINDA É MEU

SHINKAI

Eu já disse que não gosto de trabalhar?

Pensei que quando a Aki voltasse iria ter um pouco de descanso das obrigações dela, mas eu só ganhei mais trabalho.

Ela começou a focar nas investigações junto ao detetive Tsukauchi sobre os arquivos recuperados e fez as equipes dela trabalharem no caso para coletar mais provas em sigilo. Os arquivos possuíam relatórios e provas de esquemas de corrupção com agentes da administração da Divisão, e indo mais fundo, ligações com organizações criminosas e ataques planejados ao longo do país. A destruição que os vilões causavam rendia uma boa movimentação no mercado de construção e indústria e vários empresários saíam no lucro com isso, era dinheiro sujo por todo lado. 

Aki fez a festa pelas próximas semanas.

Mesmo com os executivos quietos para evitar a fera, na surdina minha amiga ajudou a polícia a conseguir tudo o que precisavam para as prisões em flagrante e apreensões dos bens deles, o que acabou com um escândalo em nível nacional e um governador puto de raiva.

Shiori deu as declarações para a imprensa no lugar da Aki e deixou bem claro que a Divisão de Inteligência era auto suficiente pra suprir as necessidades sem precisar de um bando de engravatados.

Os Heróis não ficaram felizes em saber daquela história, depois da guerra já havia sido bem delicado retomar a confiança deles em nossos agentes, mas os nervos foram acalmados quando a Aki começou a se relacionar diretamente com eles com reuniões incontáveis em suas agências.

E então, eu estava com a responsabilidade das missões dela outra vez.

Cansado de ficar andando pra lá e pra cá na cidade, e contrariando as ordens da Aki, convoquei Dynamight, Pinky e Chargebolt para o prédio principal da Divisão em uma das salas de reuniões para resolver os últimos detalhes de um caso de contrabandistas estrangeiros. Enquanto o loirinho me olhava torto, apesar dos amigos sempre realmente legais, Lilith, assistente pessoal da Aki, invadiu a sala chamando a atenção de todos.

__ SHINKAI! Por que tem que ficar aqui em cima, seu bosta?!

__ Ei, bata antes de entrar docinho.

__ Sei que é dia de Avaliação, mas ela já tá acabando com a gente! Tem que ir lá parar aquela garota!

__ Estamos trabalhando Lilith e eu realmente preciso terminar isso aqui… - respondi esfregando as têmporas. 

Lilith era problema e a Aki adorava isso. Ela tinha mais lealdade a Aki do que qualquer outro membro das Equipes, sempre cuidava de limpar nossa bagunça, já que era uma manipuladora de memórias. Cabelo castanho claro com mechas roxas na altura dos ombros, orelhas pontudas e sem a menor noção de vestimenta em um local de trabalho. 

Enquanto os amigos da Aki olhavam confusos para ela, Bakugou bufou frustrado para aquela situação assim como Aoyama ao meu lado na mesa. Ela usava um top em forma de estrelas na parte de cima e um short de treino, ambos pretos, o cabelo preso em uma traça e as mãos cobertas com a faixa roxa de treino. Lilith caminhou até nós com os olhos presos nos heróis, um sorriso travesso em seus lábios enquanto ela se sentava no apoio de braço da minha cadeira.

__ Ela vai te matar Shinkai… - disse me olhando de canto antes de se virar para eles - Meu nome é Lilith, sou assistente pessoal da Senhorita Hattori, muito prazer em conhecê-los!

__ Mina Ashido! - A heroína rosada a cumprimentou com um largo sorriso - Esses são Kaminari Denki e -

__ O namorado da chefe, né? - Ela disse interrompendo a heroína e recebendo olhares de choque de todos, enquanto o loiro a fuzilava com o olhar - Ou quase isso, não vamos nos apegar a rótulos!