𝗗𝗮 𝗩𝗮𝗿𝗮𝗻𝗱𝗮 | Em Paris [Livro 2]

Capítulo 46

— Nos encontramos no horário do almoço? — Roy pergunta, assim que paramos em frente à Carolina Herrera.

— Hum... — penso um pouco antes de responder — É bem provável que a Ash queira almoçar comigo.

— Ok! Já entendi, nada de homens. — pisca para mim.

— Exato! — sorrio, concordando.

— Ana? — olhamos para a entrada do prédio, de onde vinha a voz da minha antiga chefe.

— Megan! — solto a mão do meu esposo e vou ao seu encontro.

Nos abraçamos por um tempo considerável.

— Como você está? — afasta-se e analisa meu rosto — Soube sobre o... — pressiona os lábios e não diz nada.

— Está tudo bem! — sorrio sem mostrar os dentes — Estou tentando superar isso, e Deus continua no controle da minha vida.

— Uma mulher cheia de fé, como sempre! — coloca uma das mãos em meu braço — Sabe que se precisar de qualquer coisa, estou aqui! — diz olhando profundamente em meus olhos. Controlo a vontade de chorar e apenas agradeço.

— Obrigada!

— Bom, o que te traz de volta à New York? Já ficou com saudades dos amigos? — cruza os braços e sorri lateralmente. Então ela olha sobre os meus olhos e arqueia as sobrancelhas — Roy! Não tinha te visto aí!

— Olá, Megan! — ele se aproxima, cumprimentando-a com um abraço rápido — Não sabia que tinha o poder da invisibilidade.

Dou risada de seu comentário. Megan apenas revira os olhos.

— Respondendo a sua pergunta. — agarro o braço de Roy e sorrio — Viemos para o casamento de um casal de amigos. Além do mais, ficaremos algum tempo por aqui.

— Isso é ótimo! — diz com sinceridade — É uma pena não poder conversarmos por mais tempo. Agora sabe, exatamente, como é a vida de uma estilista chefe. — pega o celular e digita alguma coisa — Vamos marcar um almoço um dia desses. Aí você aproveita e me conta um pouco sobre como tem sido trabalhar na Chanel.

— Er... — tento falar, mas ela me abraça, antes de se despedir e se afastar.

— Amor, estarei na casa do Evs, ele está de folga hoje. Já que não seremos bem-vindos no almoço das meninas, nos vemos mais tarde — une nossos lábios em um selinho rápido — Caso você sinta algo, qualquer coisa, não hesite em me ligar. Entendeu?

— Pode deixar! Acho que aprendi a lição. — respondo, um pouco sem graça pelas vezes que agi sem sabedoria.

— Eu amo vocês! — une nossas testas e toca o meu ventre — Fique com Deus!

— Também amamos você! Vá com Deus! — fico parada, observando-o se afastar. Quando Roy vira novamente para mim, levo a mão à boca e mando um beijo. Sua reação é mostrar os dentes em um grande sorriso.

Continuo meu trajeto até a entrada da empresa. Estar ali novamente me traz boas lembranças. Apesar de não gostar da minha antiga profissão, trabalhar na C.H. foi uma das melhores coisas que já me aconteceu, em relação à área profissional.

— Senhorita Bianchi, está de volta? — a voz do segurança rechonchudo me faz sorrir.

— Keven! — contradizendo as regras da empresa, dou um rápido abraço do querido segurança, que fica um pouco sem graça — Senti sua falta! Você não faz ideia! — digo, lembrando-me dos funcionários, entre aspas, secos da Chanel.

— Tenho certeza que minhas piadas engraçadas são o principal motivo. — Responde após se recompor.

— Não posso negar, também senti falta delas. — rimos juntos — Nancy está aqui? — olho para a área da recepção.