— É hora de acordar, flor do dia! — sento-me na cama de Emily. Com um pouco de dificuldade, por causa do barrigão, inclino-me para encher seu rosto amassado de beijinhos.
— Só mais um pouco, mãe... — resmunga virando a cabeça para o outro lado.
— Quer mesmo que o seu irmão venha aqui, daqui a cinco minutos? — ergo a sobrancelha e me coloco de pé.
Em um rompante, Em joga a coberta para o lado e sai da cama. Corre para o banheiro, quase tropeçando, mas para antes de entrar no cômodo.
— Já ia me esquecendo! — volta até mim, com um sorriso contagiante, e envolve o meu ventre, não mais plano.
Todas as manhãs, ao acordar, Emily vinha ao meu encontro. Não para me cumprimentar, mas sim para falar com o seu irmãozinho, como ela mais gosta de chamá-lo. A pequena criou esse hábito há quatro meses e meio, desde o dia em que voltei do hospital com a notícia de que o meu filho estava vivo e cheio de saúde.
Sim, Emily tinha razão, não apenas por nos dizer que o nosso bebê estava vivo, mas por nos revelar que seria um menino. Matthew! Este foi o nome que escolhemos para o nosso pequeno, pois foi um lindo presente que recebemos de Deus. E o nosso tão precioso presente chegará dentro de um mês, podendo dar as caras a qualquer momento, é claro.
Nunca vi um ser humaninho tão agitado. Minhas noites já não eram mais tão tranquilas há meses, porém nas últimas semanas o nosso pequeno não parava de mexer, principalmente ao ouvir a voz do pai e da irmãzinha. Como está acontecendo neste exato momento.
— Bom dia, Matt! Dormiu bem? — beija o topo da minha barriga — Não vejo a hora de ter você aqui do lado de fora. A gente vai brincar bastante e eu vou te ensinar muitas coisas legais.
— EMILY, JÁ LEVANTOU? — a voz de Roy reverbera pelo corredor. Ela arregala os olhos.
— Tenho que ir! Nos falamos depois! — diz correndo para o banheiro.
— Bom dia para você também, querida! — falo rindo, enquanto esfrego a barriga.
— BOM DIA, MÃE! — grita do banheiro.
Saio do quarto ao escutar o som do chuveiro sendo ligado. Desço para o térreo e não me surpreendo ao ver Sofia entrando no apartamento com sua chave reserva.
— Sete e meia em ponto! — digo após ver a hora no relógio da cozinha — Sabe, tem padarias aqui perto... — com um sorriso zombeteiro, estendo uma xícara de café para minha irmã, que revira os olhos, mas pega o objeto.
— O café do meu cunhado é o melhor! — dá uma golada no líquido quente.
— Acho que vou passar a cobrar! — Roy desce a escada segurando sua gravata.
— Desde quando se tornou mercenário, cunhadinho? — Sofi finge indignação.
— Desde o momento em que descobri que seria pai. Agora são duas crianças! — os dois riem juntos. Eu apenas ergo a mão, esperando que ele me entregue a gravata para ajudá-lo a colocar no pescoço.
— Eu já disse o quanto amo o seu cheiro? — pergunto dando uma fungada no cangote do meu esposo.
— Todos os dias! — responde achando graça.
— Quanta melação... — Sofia resmunga, antes de tomar mais um gole do seu café.
A campainha toca no momento em que finalizo o nó da gravata.
— Agora sim a melação vai começar... — meu esposo se afasta e vai até a porta.
— Está aberto! — Sofi grita da cozinha.
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𝗗𝗮 𝗩𝗮𝗿𝗮𝗻𝗱𝗮 | Em Paris [Livro 2]
RomansApós dizer "sim" à vontade de Deus e ser surpreendida por Sua bondade e misericórdia, mais uma vez, Ana Clara Bianchi passará por um novo processo de mudança. Novidades e desafios aguardam a jovem em Paris. No entanto, ela não imagina que esta nova...