A peça que faltava no meu quebra- cabeça.

"Está na hora de voltar para o seu lugar". Cap 16

Felipe

Me levantei cedo, decidido há arrumar minhas coisas para a mudança,

Como no apartamento de Vitor há dois quartos e também há uma cama antiga de Vitor, ele decidiu levar só o insencial, como roupas e Alguns objetos.

— Pronto, agora é só ir na empresa trabalhar um pouco e depois voltar para pegar essas coisas.

Ao descer às escadas ele vê seu pai subindo,ambos desviam o olhar.

— Querido... — diz dona Maísa

— Agora não, tô atrasado para o trabalho.

— Ok

Patricia

— Querida posso te fazer uma pergunta?

— Estou ouvindo dona Safira.

— É verdade essa história do Felipe? Ele vai sair de casa?

— É o que parece.

— Falei com a Maísa, ela está muito nervosa então eu disse que ia mandar você lá, pra levar um remédio muito bom pra ela.

— Remédio?

— É,ela disse que não tá conseguindo dormir direito. Você pode levar?

— Mãe...

— Por favor querida.

— Ok, eu levo.

— Ok, vou buscar lá embaixo.

— Vai logo.

— Tá bom.

— Cadê esse lenço?— ela pergunta em voz alta.

Ela olha nas gavetas de cima e nada, se abaixa para olhar a gaveta debaixo.

— Aqui— ela diz puxando e quando ela puxa a caixinha cai no chão. — Você tá aqui — Ela pega a caixinha e guarda novamente na gaveta, ela se levanta e caminha até a porta, mas para quando ia abri - lá. — Talvez esteja na hora de voltar para o verdadeiro dono. — ela volta para perto do guarda-roupa e se a baixa para abrir a gaveta, ela abre e pega a caixinha e coloca dentro da bolsa.

— Querida, achei. — Diz minha mãe entrando no quarto.

— Tá bom, até mais tarde! — falo pegando o remédio de sua mão.

Felipe

— Com licença senhor Felipe.

— Pois não?

— O senhor precisa devolver a pasta do setor 4 assinada.

— Ok. — ele diz procurando a pasta em sua mesa, ele abre a gaveta e nada. — acho que deve estar em casa, amanhã eu trago.

— Desculpe senhor, mas precisamos dela pra hoje.

— Tem certeza?

— Sim.

— Ok, então eu vou pra casa e trago.

Patrícia

— Patricia, você realmente veio.

— Claro dona Maisa.

— Entre, por favor.

— Licença.

— Se sente,por favor.

— Eu estou com um pouquinho de presa.

— Eu Imagino, mas tome um café comigo, hum?

— Eu...não tomo café.

— Ah é verdade, você dizia a mesma coisa quando era pequena. Então vamos tomar um chá ? É ótimo para os nervos.

— Ok

Dona Maísa pede duas xícaras de chá para a cozinheira.

— Aproveitando que você está aqui, será que você poderia conversar com o Felipe e convence - ló há não se mudar ?

— Olha eu...

— Patriciaaa — interrompe Sofia ao me ver.

— Oi princesa, tudo bem?

— Sim e você?

— Bem.

— Sofia vamos, já estamos atrasadas. — Diz Manuela descendo às escadas. — Oi Patrícia.

— Oi

— Desculpe estamos de saída.

— Sem problemas, eu também tenho que ir para a empresa, mas antes será que eu posso usar o banheiro?

— Claro, você já sabe o caminho, né?

— Sim — falei ao me levantar.

— Nós já estamos indo, até mais Patrícia.

— Até.

Patricia sobe para o andar de cima, mas ao invés de ela ir até o banheiro ela passa reto e vai até o quarto de Felipe.

Entro no quarto e vejo algumas caixas encima da cama dele, olho para o lado aonde está o quebra - cabeça e me aproximo.Tiro a caixinha de dentro da minha bolsa e a abro, pego a peça e coloco do lugar da onde ela nunca devia ter saido. Nunca tinha parado pra perceber que a peça que está comigo completa um coração, que está na mão de um menino.

Patricia sai do quarto e quando ia virar o corredor ela dá de cara com Felipe.

— Patricia ?

— Felipe ? Bom dia — falo tentando sair.

— Espera — ele diz segurando meu pulso.

— O quê foi ?

— Tá fazendo oque aqui na minha casa?

— Vim trazer um remédio para a sua mãe, que a minha mãe pediu.

— Hum...e você está vindo de onde ?

— Isso é um interrogatório? — pergunto cruzando os braços.

Felipe

— Não, só que dá última vez você disse que tava procurando o banheiro e foi parar no meu quarto.

— A última vez foi a primeira.

— Hum

— Por quê eu ainda estou me explicando pra você? —  ela diz ao sair andando.

Felipe caminha até o quarto.

Ao entrar ele procura a pasta na escrivaninha  ao lado da cama, mas não consegue encontrar. Ele vai para a estante a onde está seu Quebra - Cabeça.

— Cadê essa pasta ? Não é essa — ele diz colocando encima do quebra - cabeça. — Nem essa.....espera achei — Ele diz pegando a pasta em sua mão e a estendendo com a mão em sua frente para poder ter certeza. Ele desvia o olhar para pegar às outras pastas que ele havia pegado e quando  ele tira a última pasta ele vê seu Quebra - cabeça completo.

— Espera....como isso é possível?

Patricia? Tava com você esse tempo todo, eu estava certo!

Saio do quarto e desço às escadas rapidamente.

— Mãe a onde está a Patrícia?

— Ela saiu quase agora, nem deu tempo de tornarmos uma xícara de chá.

— Obrigado.