Patricia
Me levantei às pressas, eu já estava atrasada para ir para a empresa.
Ao chegar na mesa do café da manhã tomo um gole de suco e me sento.
Minha mãe está do outro lado da mesa com uma revista em mãos.- Quando ia me contar?- pergunta e eu fico confusa.
- Contar oque?
- Patricia. - colocou a revista em cima da mesa e me encarou. - Você e o Felipe. Quando ia me contar?
- Como sabe? - tá eu sei como ela sabe. Depois de ontem termos ficado perto da piscina ficou meio óbvio. Mas eu ainda tinha esperanças que talvez ninguém percebesse.
- Notei o jeito que vocês se olham. Foi por causa dele que você estava chorando aquele dia?
- Foi.
- Hum... Não vou lhe perguntar qual era o motivo. Mas...pode sempre contar comigo. Mas não posso lhe prometer não bater nele caso ele te machuque.
Sorrio.
- Obrigada.
- Seu pai já está sabendo.
- Você contou?
- Ele perguntou. - deu de ombros.
- Certo. Estou atrasada, preciso ir. Até mais.
- Até.
Chego na empresa e corro para a minha primeira reunião do dia.
Tive sorte de não ter muitas pessoas ainda na sala de reunião.
Passo uma hora e meia conversando com a equipe de fotografos e figurino.
Quando finalizar saio da sala solto um longo suspiro.- Manhã agitada? - me viro para ele.
- O que faz aqui?
- Bom dia pra você também. Estressadinha. - diz e algumas pessoas que estavam passando ao lado sorriram. Odeio o fato de algumas pessoas acharem ele atraente.
- Bom dia. - sorrio. - Acordei atrasada e tive uma reunião nada legal com a equipe.
- Você parece cansada. - tocou em meu rosto e eu dei um passo pra trás.
- Desculpa.
- Sem problemas. Meus pais já estão sabendo. - tento mudar de assunto.
- Isso é bom, não?
- Não sei. Você acha que é bom? - cruzei os braços e o encarei.
- Você falou sobre a nossa situação?
- Não. Mas eles irão estranhar...e por isso. - me aproximo levando meus braços ao redor do seu pescoço. Ele me olha confuso. - Pode me tocar. - falo.- Mas sem mão boba por enquanto.
- Por enquanto? - sorri pervertido e eu dou um tapa em seu ombro. - Idiota.
- Estressadinha. - sorri. - Não quero que faça isso por conta deles. Vou entender.
- Estou fazendo por mim também. Sinto a necessidade de te abraçar. - revelo. - E de te beijar também. - depositei um selinho em seus lábios.
- Aqui na empresa? Você está bem?
- Não. - dou risada. Ele leva às mãos até a minha cintura e me beija.
- Um dia são crianças no outro jovens adultos...
Ouço alguém dizer.
Paramos de nos beijar e vejo meu avô nos encarando.Merda.
- Vovô?
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A peça que faltava no meu quebra- cabeça.
RomancePatricia e Felipe se conhecem desde crianças pois seus pais eram melhores amigos, mas os pais de Felipe decidiram trabalhar fora do país, e com isso o contato entre eles acabaram se encerrando. Hoje em dia Patrícia mora em Londres assim como Felipe...