" A surpresa" capítulo 67

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Patricia

Me levantei às pressas, eu já estava atrasada para ir para a empresa.

Ao chegar na mesa do café da manhã tomo um gole de suco e me sento.
Minha mãe está do outro lado da mesa com uma revista em mãos.

- Quando ia me contar?- pergunta e eu fico confusa.

- Contar oque?

- Patricia. - colocou a revista em cima da mesa e me encarou. - Você e o Felipe. Quando ia me contar?

- Como sabe? - tá eu sei como ela sabe. Depois de ontem termos ficado perto da piscina ficou meio óbvio. Mas eu ainda tinha esperanças que talvez ninguém percebesse.

- Notei o jeito que vocês se olham. Foi por causa dele que você estava chorando aquele dia?

- Foi.

- Hum... Não vou lhe perguntar qual era o motivo. Mas...pode sempre contar comigo. Mas não posso lhe prometer não bater nele caso ele te machuque.

Sorrio.

- Obrigada.

- Seu pai já está sabendo.

- Você contou?

- Ele perguntou. - deu de ombros.

- Certo. Estou atrasada, preciso ir. Até mais.

- Até.

Chego na empresa e corro para a minha primeira reunião do dia.

Tive sorte de não ter muitas pessoas ainda na sala de reunião.

Passo uma hora e meia conversando com a equipe de fotografos e figurino.
Quando finalizar saio da sala solto um longo suspiro.

- Manhã agitada? - me viro para ele.

- O que faz aqui?

- Bom dia pra você também. Estressadinha. - diz e algumas pessoas que estavam passando ao lado sorriram. Odeio o fato de algumas pessoas acharem ele atraente.

- Bom dia. - sorrio. - Acordei atrasada e tive uma reunião nada legal com a equipe.

- Você parece cansada. - tocou em meu rosto e eu dei um passo pra trás.

- Desculpa.

- Sem problemas. Meus pais já estão sabendo. - tento mudar de assunto.

- Isso é bom, não?

- Não sei. Você acha que é bom? - cruzei os braços e o encarei.

- Você falou sobre a nossa situação?

- Não. Mas eles irão estranhar...e por isso. - me aproximo levando meus braços ao redor do seu pescoço. Ele me olha confuso. - Pode me tocar. - falo.- Mas sem mão boba por enquanto.

- Por enquanto? - sorri pervertido e eu dou um tapa em seu ombro. - Idiota.

- Estressadinha. - sorri. - Não quero que faça isso por conta deles. Vou entender.

- Estou fazendo por mim também. Sinto a necessidade de te abraçar. - revelo. - E de te beijar também. - depositei um selinho em seus lábios.

- Aqui na empresa? Você está bem?

- Não. - dou risada. Ele leva às mãos até a minha cintura e me beija.

- Um dia são crianças no outro jovens adultos...

Ouço alguém dizer.
Paramos de nos beijar e vejo meu avô nos encarando.

Merda.

- Vovô?

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora