"O conselho" Capitulo 76

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Felipe

Ela estava bem ali, em minha frente.
Patrícia estava linda, ainda mais linda do que eu me lembre.

Quando a vi pensei que fosse uma miragem, Manuela tem visitado ela constantemente.

Sempre pergunto se ela está bem, se perguntou de mim.
Minha irmã não entra em muitos detalhes, geralmente diz: " Ela ainda ama você se é isso que quer saber".

Sim, é isso que eu queria saber.
Parece que cada dia que passa faz com quê eu diga para mim mesmo que não vamos voltar á ser um casal.

Tudo por minha culpa.

Entramos juntos e quando nos olhamos novamente ela diz:

— Você está diferente. 

— Ando...meio ocupado.

Sei perfeitamente ao que ela se referiu.
Não vou negar, ando meio desleixado.
Cabelo anda maior do que o de costume, não durmo direito há um bom tempo então estou coberto de olheiras embaixo dos olhos.

Isso são só algumas coisas que estão fora do comum durante esse tempo que decidimos dar um tempo.

— O que ela está fazendo aqui? — Amanda pergunta quando entramos na sala.

— Olá. — Patrícia a cumprimenta.

— Você ainda não me respondeu, Felipe. — Ela ignora Patrícia e seu olhar se dirigi a mim.

Antes de abrir minha boca para falar algo Manuela nos interrompe.

— Eu á convidei. Patrícia, fico feliz por ter aceito o convite. — elas se abraçam rapidamente.  — Algum problema, Amanda?

Amanda fecha a cara e cruza os braços meio sem jeito por conta da barriga.

— Não...eu só...

— Ótimo! Por que parecia que você estava questionando o meu irmão, como se ele fosse algo a mais além do pai do seu filho.

— Manuela. — peço.

— Ok. Vamos para a mesa? Meus pais estão nos esperando.

— Vou só lavar minhas mãos.  — digo.

                              ••••••

O jantar estava agradável, embora estivesse um completo silêncio na mesa.

Patrícia estava sentada de frente pra mim, vez ou outra seu olhar pairavam em mim e quando eu percebia sorria e isso fazia com que ela desviasse o olhar.

— Você tinha que ver, Manu. — Amanda começou a falar. — Seu sobrinho é lindo.

— Ainda não sabemos o que é. — digo.

— Nem se você é o pai. — Manuela diz em um tom amargo.

— É claro que ele é. — diz ofendida. — Se ele não fosse seu irmão não teria ficado sem palavras, não é mesmo? — me encarou, mas não só ela. Todos da mesa me encaravam em silêncio esperando uma resposta minha.

— Eu já estou satisfeito.  — me levantei. — vou subir, tô com um pouco de dor de cabeça.

— Quer companhia? — Amanda amassou se levantar, mas eu fiz um gesto com a mão negando.

— Tenham uma boa noite. — Patrícia me encarou em silêncio.

Me pergunto o que se passou em sua mente.

Hoje eu dormiria na casa dos meus pais, mas só porque tem um cano estourado em casa.

Chamei uma equipe e eles já estão trabalhando nisso.

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora