"Reconciliação" capítulo 78

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Patrícia

Quando voltei para minha mesa Denis me esperava com um sorrisinho no rosto.

— Posso saber o porquê de você está sorrindo assim?

— Aquele era seu boy?

Olho para Felipe saindo do restaurante e Amanda o segue.

— Era. Mas não estávamos fazendo nada do que você está pensando. — revirei meus olhos. — Inclusive ele ficou com ciúmes de você.

— De mim? Francamente.  — ele ri. — Eu sou gay. — silêncio.  — Você disse a ele, não disse?

Respiro fundo.

— Não.

— Como não?

— Eu fiquei com raiva.

— Assim você também não ajuda,né.

— Aquela garota tá esperando um filho dele.

— Oh...acho que tô perdido no roteiro dessa história.

— Antes de nos encontrarmos ele teve um rolo com ela. Aí ela apareceu no nosso noivado com uma barriga.

— Tem certeza que ele é o pai?

— Segundo ele às contas batem. Mas pretendem fazer um teste de DNA.  Ou pretendia, não sei.

— Deveria conversar com ele.

— Podemos encerrar esse assunto?

— Claro, como você quiser, Paty.

Após almoçar com Denis, resolvi ir às compras.
Isso iria me ajudar muito, já não me lembrava da última vez que fui fazer compras.

Comprei alguns vestidos, blusas e até algumas lingerie.

Parei em frente de uma vitrini aonde havia roupinhas de bebê.

Pensei em entrar e dar uma olhada, mas não tive coragem.
Ainda era cedo para comprar alguma coisa para o bebê de Felipe.

Quando cheguei em casa já era noite, guardei minhas compras no guarda roupa e fui direto pro banho.

Estava prestes a descer para comer alguma coisa quando meu celular tocou.

— Alô?

— Patrícia Mendonça?

— Sim, sou eu.

— Aqui é da delegacia, estamos te ligando porque aprendemos o senhor Felipe Fernandes.

— O quê?!

— Seu número estava como um dos  últimos registro no telefone dele.

— O que ele fez?

— Seria melhor a senhora comparecer na delegacia.

                                ••••••

Me direciono até a cela de Felipe em passos firmes.
Francamente!

Quando me aproximo o vejo sentado de cabeça baixa.
Então ele vê minha sombra e levanta a cabeça para me olhar.

Seu olho está um pouco a vermelhado por conta da briga, enquanto sua roupa está amassada e manchada com um pouco de sangue.

— Patrícia? — franziu às sobrancelhas.  — O que faz aqui?

— Me ligaram. — digo sem rodeios.

— Merda! Eu falei para ligarem para o Vitor.

— O que significa bater no carro de alguém e agredir ? — pergunto sem rodeios.

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora