Patrícia
Às palavras dele faziam sentido de alguma forma. Eu sou uma pessoa fechada, não gosto de me expor não gosto de sorri me preocupo com às opiniões das outras pessoas...eu...eu tento ser perfeita o tempo todo.
Felipe continua me olhando
— Minhas palavras fazem sentido?
— É..mais ou menos. — minto para ele não ficar se achando.
Ele sorri e diz :
— É bom conversar com essa Patricia.
— E você conhece outra, é?
Ele da risada e diz :
— Tá até com humor ? Maravilha! Gostei dessa troca de versão. Ela poderia aparecer mais vezes.
— Acho que você também tem suas versões. — digo
— Você acha ? — ele pergunta se deitando na cama e colocando a cabeça no travesseiro.
— Acho — Respondi em um tom diferente. Ele olha e diz :
— Espero que não se importe.
— Você é muito atrevido.
— Um pouco, mas enfim me fale mais dessa minha outra versão.
— Você consegue ser sério quando quer. — falo dando um tapa em seu joelho para ele se levantar.
— Hum...eu sempre fui sério. — ele diz fazendo careta.
— Tô vendo.
— Qual é? Não dá pra ser sério o tempo todo, eu particularmente não sei como você consegue.
— Eu sou profissional é diferente.
— Profissional? Você é séria até quando não está trabalhando.
Dou um suspiro leve e falo :
— Já não tá na hora de você ir ?
— Tá me expulsando?
— Não, ainda não cheguei á esse ponto.
Ele se levanta e se senta.
— Posso levar uma lembrancinha daqui ? — ele pergunta.
Uma lembrancinha? Do que ele está falando?
Felipe
Ela me olha confusa e eu falo :
— Relaxa, não é nada demais, eu gostei daquela almofada ali. — falo apontando para uma almofada lilás com um desenho de gato, que está encima da poltrona.
— Você quer a minha almofada ?
— Quero, eu amo gatos!
— Mas você não tem gatos.
— Isso não quer dizer que eu não gosto.
— Hum...tá, pega.
Me levanto e vou até a poltrona.
— Confortável — falo encostando ela em minha cabeça.
Patrícia me olha e da um sorriso e diz :
— Você tá parecendo uma criança.
— Quem dera se pudéssemos voltar para aquela época.
— Eu vou acompanhar você até a porta. — ela diz.
Felipe se despediu de dona Safira e Patricia o acompanhou até a garagem.
— Você disse que me acompanharia até a porta.
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A peça que faltava no meu quebra- cabeça.
RomansaPatricia e Felipe se conhecem desde crianças pois seus pais eram melhores amigos, mas os pais de Felipe decidiram trabalhar fora do país, e com isso o contato entre eles acabaram se encerrando. Hoje em dia Patrícia mora em Londres assim como Felipe...