"Segunda chance".Capítulo 65

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Felipe

O dia na empresa foi bem agitado o mais engraçado é que só agora que eu havia percebido o quanto eu não  gosto desse trabalho.
Não gosto mesmo! É muito chato, fiquei umas meia hora desenhando em uma folha sulfite pra me distrair.
Decidi me levantar e ir embora, Patricia ainda estava em sua sala.
Eu queria estar com ela esse momento, mas sei que não vai ser fácil fazer com que ela venha me perdoar.
Fui até a sala de seu avô, mas ele já havia ido embora.
Perguntei para a secretária se ele havia assinado a minha carta de demissão.
Ela ficou surpresa e disse que não estava sabendo de nada.
Deixei para amanhã.

Antes de ir para casa passei no supermercado.
Tudo precisava sair perfeito!
Eu já estava na cozinha checando o Strogonoff de frango....o arroz de forno já estava pronto.
A salada também.
Está tudo pronto, será que ela vem?

Caminho até a sala e subi a escada.
Antes de entrar em meu quarto entro no outro quarto.
Me sento de frente para a surpresa que eu fiz para Patricia.
Eu ainda não terminei, mas fico imaginando como será a reação dela quando ver.

Será que ela vai gostar?
Saio do quarto, assim que fecho a porta a tranco.








Patricia

— Eu tenho certeza que esse jantar foi ideia dele. — Falo para Margô que está no outro lado da linha.

— Mas se fosse assim ele teria contado para os pais. Você acha que ele contou?

— Não. Ele é covarde. Não teria coragem.

— Nossa Paty.

— Hoje tentei ser o mais profissional possível na empresa.
Mas ele não facilita. A minha vontade era de xingar ele, de bater nele.

— Ate ele te puxar e te beijar?

— Margô!

— Estou mentindo? Certeza que ele tem pegada.

— Oque eu faço? Devo ir?

— Com certeza!

— Não era bem essa resposta que eu queria ouvir sua.

— Um lado seu quer muito vê - lo. Não quer?

— Mas o outro...o outro lado quer dizer coisas horríveis para ele. Quer dizer que o odeia.

— Oque não é verdade. Você não odeia. Você odeia oque ele fez com você. Isso é diferente. Deveria dizer isso a ele. Ninguém merece achar que é odiado pela pessoa que ama.

— Talvez ele mereça.

— Você disse "talvez" não "ele merece".

— Não podemos ficar juntos.

— Ah vocês podem. Mas você não facilita. Está com medo dele te machucar de novo.

— Querida, vamos? — minha mãe pergunta ao aparecer na porta de meu quarto.

— Já estou indo. — Ela sai e eu fico em silêncio.

— Está usando que roupa? — Margô pergunta.

— Isso importa?

— Óbvio.

— Uma calça jeans e uma blusa branca.

— Aí que horror! Vai a onde assim? No supermercado?

— Margô!

— Vamos, troque.

— Não vou trocar.

— Vai sim ou eu vou até aí.

Bufo indo até o closet.

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora