Capítulo 48

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Patrícia

Preciso que você assine aqui.

— Pronto. Mais alguma coisa?

— Não, por enquanto é só.

— Ok, obrigada. — agradeço a secretária de meu avô.

Ontem depois de ficar alguns minutos olhando para a sacada ao lado de Felipe.

Minha mãe foi até meu quarto o chamar. E pela nossa sorte, ela não nos encontrou fazendo nada de errado.

Hoje acordei cedo e vim para a empresa.

Pego minha pasta e saio de minha sala indo em direção á sala de Felipe.

— Posso entrar ?

— Você pode tudo, estressadinha. — ele diz se levantando e caminhando até mim. — Há quem devo a honra em te ver aqui?

— Engraçadinho, preciso que assine isso aqui. — entreguei a ele a pasta.

— Eu sou o advogado, não o estilista. — diz ao olhar a primeira folha a onde contém uma foto de um dos novos vestidos.

— Olha direito primeiro,depois você fala. — falei ao me sentar.

Ele se senta em minha frente e coloca a pasta em cima da mesa.

— Devo lhe pedir um suco ?

— Não. — sorrio. — Não há necessidade, toma. — entreguei um papel pequeno.

— Que isso? Uma consulta?

— Exato! E é hoje, depois do almoço. A psicóloga é muito boa. Tenho certeza que ela irá te ajudar.

— Patrícia...

— Vai na primeira consulta e depois você me fala oque achou.— me levantei.

Felipe se levantou ao mesmo tempo.

— Espera.

— Diga?

— Eu tenho mesmo que ir ?

— É, você tem.

— Qual é estressadinha, eu acho que...

— Felipe! Oque conversamos ?

— Ok, eu...eu vou. — revirou os olhos.

— Ótimo, nos vemos depois.

— Ok.



Felipe


No relógio já ia dar 18:30 da tarde, minha consulta foi há três horas atrás.
Se eu fui? Bom....eu não acho que era necessário. Sei que a Patrícia se esforçou, mas eu estou bem. Não tem nada para mim fazer lá.

— Licença.

— Estressadinha.

— Vamos ?

— Vamos. — peguei minha chave.

Eu havia combinado de irmos jantar em algum lugar e em seguida eu iria leva - lá para casa.

— Como foi a consulta?

— Hã...boa, muito boa.

— Sério?

— Sim, com toda certeza. Agora vamos ?

Ela sai em minha frente e eu a sigo, já quando estávamos no estacionamento dentro do carro. Seu telefone tocou.
Liguei o carro e quando estávamos na avenida ela encerrou a ligação.

— Para o carro.

— Quê?

— Para o carro.

— Espera...

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora