"Paz & amor".Capitulo 74

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Felipe

Eu meu pai bebemos quase a garrafa inteira de whisky.
Essa é a primeira vez que fazemos algo assim juntos.

Confesso que nossa relação realmente melhorou.
Ele me aconselhou a dar o tempo que Patrícia precisar.

Sei que ele está certo, mas não consigo imaginar a minha vida sem ela.

Não quero que ela me deixe.
Não mesmo!

Meu pai dormiu em casa, acordei cedo com uma baita dor de cabeça, vi ele na cozinha e caminhei até lá.

— Bom dia!

— Bom dia!

— Tá com uma cara péssima.

— Eu sei. — falo me sentando em um dos banquinho.

— Café?

— Extra forte, por favor.

— Vai trabalhar?

— Sim. Preciso ir até o canteiro de obras.

— Como anda o trabalho por lá?

— Bom....na verdade acredito que iremos terminar antes do prazo.

— Patrícia irá ficar feliz.

— É, ela irá.

Tomei meu café ao lado de meu pai e logo me tratei de me arrumar.

Já era horário de almoço quando uns dos homens que estavam trabalhando na obra me disse que havia visto uma moça com ás mesmas descrições de Patrícia.

Fui até a onde ele havia me dito que tinha a visto.

Depois dos ultimos acontecimentos eu não esperava vê - lá tão cedo.

Será que ela já havia tomado uma decisão?

É claro que não.

Ela me trata seco, seu olhar a entrega me dizendo o quanto chorou e isso faz com que meu peito doa.

— Eu sinto mais. — é o que ela diz.

— Será que podemos esquecer dos problemas por um momento? — pergunto.

— Esquecer? — pergunta ironicamente.  — Acho que nós somos o problema. 

— Nós?

— Todas essas coisas que andam acontecendo....parece que querem nos dizer algo. Tipo "vocês não devem ficar juntos".

— Somos feitos um para o outro.

— Talvez. Mas isso não significa que devemos ficar juntos.

— Lá vem você com isso. Não me diga que já tomou uma decisão?

Seus ombros estão tensos e seus olhos marejados.

— Ei. — Me aproximo quebrando a distância entre nós. — Não chore. — toco seu rosto.

— Por que essas coisas tem que acontecer conosco? — ela pergunta deixando ás lágrimas tomarem conta de seu rosto. Puxo ela para os meus braços lhe dando um abraço.

— Eu não sei. Mas eu juro que não queria que fosse assim.

— Eu estou cansada disso tudo. — choraminga.

— Vamos superar isso.

— Eu não sei se posso, Felipe.

— Você é forte. — ela se afasta.

— Um filho é pra vida toda. — diz enxugando o rosto.

— Eu sei. Eu vou me responsabilizar, mas não quero abrir mão de você.

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora