Carta de demissão Capítulo 64

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Patricia

Já fazia mais ou menos 1 hora que eu havia chegado em casa.
Não havia ninguém, além dos empregados.
Agradeci a Deus por isso.
Subi pro quarto e tudo oque fiz foi me jogar na cama e começar a chorar.
Por que não é tão simples perdoa - lo e voltarmos a ficarmos juntos?
Por que esse ódio, raiva e amor cisma em me deixar confusa?
Eu o amo.O amo mesmo!
Mas não consigo perdoa - lo.
Não consigo olhar pra ele sem me lembrar que foi tudo por causa de uma bendita aposta.
Sei que ele realmente se apaixonou por mim.
Mas não posso simplesmente perdoa - lo.
E não é por que eu não quero. É porque eu não consigo.
Talvez um dia eu o perdôo.
Mas até lá eu não posso ficar vendo ele e por isso pedi para que ele saísse da empresa.
Ele ja iria sair de qualquer forma. Já que quer exercer a carreira de arquiteto.
Mas acho que ele pretendia ficar mais um tempo na empresa.
Talvez ele vá embora de cidade, país.....ahgt!
A quem eu quero enganar?
Não quero que ele vá embora, mas também não quero ele tão perto de mim.
Mas afinal oque eu quero?
Eu não sei, eu realmente não sei.

Alguns minutos se passam e eu sou avisada que Laura está aqui.
Ela sobe para o meu quarto, ficamos conversando, pedi para que ela passasse a noite aqui comigo e ela como a melhor prima do mundo se juntou comigo.




Felipe



Toco a companhia esperando alguém abrir a porta.

— Felipe?

— Manu. — A abraço.

— Está tudo bem?

— Será que eu posso dormir aqui hoje?

— Claro.

— Aonde estão os nossos pais?

— Já foram dormir.

— Sofia?

— Está na casa de uma amiguinha.

— Então posso dormir com você?

— Você ainda é o meu irmãozinho caçula.

Sorrio.

— Posso?

— Pode. Vem, queria mesmo falar com você.




Quando eu era criança toda vez que eu sentia medo de alguma coisa eu corria até Manu.

— Vamos criança, me diga oque houve?

— Eu não sou criança. — A corrijo.

— Mas agiu como uma.

— Você já está sabendo?

— Sim. Papai me contou.

— Queria contar a ela que eu e ele estamos nós dando melhor.

— Ela ficaria feliz por você.

— Eu ficaria mais feliz se ainda estiverssemos juntos.

— Já pediu perdão?

— Várias vezes. E agora a noite a gente se despediu.

— Se despediu?

— Nos beijamos. Achei que por um momento talvez ela tivesse me perdoado. Mas não. Não foi assim.
Era uma despedida.
E eu nunca odiei tanto uma despedida como odiei hoje.

— Eu  sinto muito.

— É, eu também sinto. Ela pediu para que eu saia da empresa.

— Oque?

— Eu já iria pedir de qualquer forma. Só vou adiantar.

— Não vai desistir dela, certo?

— Eu não sei. Eu a machuquei.

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora